Entrevista

"Foram atos de barbárie que fogem ao espírito de democracia"

O professor Anísio Brasileiro, reitor da UFPE, diz que depredações serão investigadas e não ficarão impunes

Ciara Carvalho
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Ciara Carvalho
Publicado em 26/12/2016 às 23:10
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O professor Anísio Brasileiro, reitor da UFPE, diz que depredações serão investigadas e não ficarão impunes - FOTO: ASHLLEY MELO/JC IMAGEM
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O reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, afirmou que não ficará impune a destruição causada nos prédios da universidade: “É um que ato foge ao espírito da democracia.”

JC – Como a UFPE vai conseguir identificar os responsáveis pela depredação se o movimento era coletivo?

ANÍSIO BRASILEIRO – Instalamos duas comissões administrativas que vão apurar a responsabilidade tanto da destruição do CFCH quanto dos furtos ocorridos no CAC. Vamos investigar isso a fundo. Não podemos aceitar o que aconteceu e deixar impune. Além disso, encaminhamos todo o material já disponível para a Polícia Federal. Violência física e dano ao patrimônio são inadmissíveis.

JC – Houve violência física?

ANÍSIO – Contra dois professores, durante sessão do Conselho Coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão, realizada na última sexta-feira. Temos o áudio de toda a reunião e estamos decupando o material para encaminhar à PF.

RADICALISMO

JC – A que o senhor atribui essa radicalização?

ANÍSIO – Não existe nenhuma razão para isso. Desde o início, mantivemos o diálogo e acatamos, inclusive, medidas sugeridas pelos alunos. A negociação foi a tônica de todo o processo. É inaceitável o radicalismo de grupos avessos a qualquer expressão de diálogo. O que se viu nos dois prédios foram atos de barbárie que fogem ao espírito da democracia. A partir de agora, não vamos mais negociar com movimentos que não tenham representatividade. Apenas com os diretórios acadêmicos e o Diretório Central dos Estudantes (DCE).

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