O reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, afirmou que não ficará impune a destruição causada nos prédios da universidade: “É um que ato foge ao espírito da democracia.”
JC – Como a UFPE vai conseguir identificar os responsáveis pela depredação se o movimento era coletivo?
ANÍSIO BRASILEIRO – Instalamos duas comissões administrativas que vão apurar a responsabilidade tanto da destruição do CFCH quanto dos furtos ocorridos no CAC. Vamos investigar isso a fundo. Não podemos aceitar o que aconteceu e deixar impune. Além disso, encaminhamos todo o material já disponível para a Polícia Federal. Violência física e dano ao patrimônio são inadmissíveis.
JC – Houve violência física?
ANÍSIO – Contra dois professores, durante sessão do Conselho Coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão, realizada na última sexta-feira. Temos o áudio de toda a reunião e estamos decupando o material para encaminhar à PF.
RADICALISMO
JC – A que o senhor atribui essa radicalização?
ANÍSIO – Não existe nenhuma razão para isso. Desde o início, mantivemos o diálogo e acatamos, inclusive, medidas sugeridas pelos alunos. A negociação foi a tônica de todo o processo. É inaceitável o radicalismo de grupos avessos a qualquer expressão de diálogo. O que se viu nos dois prédios foram atos de barbárie que fogem ao espírito da democracia. A partir de agora, não vamos mais negociar com movimentos que não tenham representatividade. Apenas com os diretórios acadêmicos e o Diretório Central dos Estudantes (DCE).