Desvio

Presas acusadas de desviar verba de mais de 2 milhões em merenda escolar

Funcionárias públicas preenchiam notas com quantidade, valor e peso das merendas alteradas

Do JC Online
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Publicado em 17/09/2012 às 9:30
Foto: Alexandre Severo/Acervo JC Imagem
Funcionárias públicas preenchiam notas com quantidade, valor e peso das merendas alteradas - FOTO: Foto: Alexandre Severo/Acervo JC Imagem
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Esquema de desvio de verba e de mercadoria descoberto em 1995 terminou em prisão na última sexta-feira (14). Nadiege Cristina Sobral, 55 anos, e Zélia Maria Justino Barros, também 55, foram presas no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, por peculato, falsidade ideológica e concurso de pessoas. As duas devem cumprir pena de 8 anos e 5 meses por desvio de R$ 2,6 milhões que deveriam ter sido destinados a merenda escolar.

Junto com mais três pessoas, as funcionárias públicas da Direção Executiva de Apoio ao Aluno da Secretaria de Educação de Pernambuco formavam uma quadrilha.  As duas e outra mulher, falecida, preenchiam vias de envio de merenda escolar de maneira irregular. "Elas eram responsáveis por quatro vias. Três, preenchiam com os valores corretos, na quarta, mudavam a quantidade, o valor e o peso das mercadorias", esclarece a delegada responsável pelo caso Beatriz Gibson. Alimentos como leites e biscoitos eram desviados e revendidos.

Nadiege Cristina Sobral e Zélia Maria Justino Barros contrataram dois homens para o transporte da mercadoria e assim se fechava o esquema da quadrilha. Os dois foram condenados a uma pena de quatro anos que já prescreveu.

As primeiras escolas a perceberem a alteração na quantidade da merenda escolar foram as da cidade de Vitória de Santo Antão, Zona da Mata.

Nadiege Cristina Sobral e Zélia Maria Justino Barros já estão na Colônia Penal de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.

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