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Polícia prende dono da empresa Priples

Henrique Maciel Carmo de Lima e sua esposa foram presos sob suspeita de crime contra a economia popular e formação de esquema de pirâmide financeira

Do JC Online
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Publicado em 03/08/2013 às 10:20
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Henrique Maciel Carmo de Lima e sua esposa foram presos sob suspeita de crime contra a economia popular e formação de esquema de pirâmide financeira - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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atualizada às 12h29

A polícia prendeu na manhã deste sábado (3), no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, o dono da empresa de marketing multinível Priples e a sua esposa. 

Henrique Maciel Carmo de Lima e Mirele Pacheco de Freitas foram presos sob suspeita de crime contra a economia popular e formação de esquema de pirâmide financeira. Na casa do casal foram encotrados carros de luxo, sendo uma Range Rover e um Camaro, e cerca de 300 mil dólares em espécie.

Seis mandados de busca e apreensão haviam sido expedidos contra o casal.

O caso foi encaminhado para a delegacia do Ipsep. Henrique Mariano presta depoimento e vai ser encaminhado ao Instituto de Medicina Legal para exames de Corpo de Delito para, em seguida, ser levado ao Centro de Triagem professor Everardo Luna, o Cotel, em Abreu e Lima. Já a esposa dele, Mirele Pacheco, será levada à Colônia Penal Feminina do Recife, no bairro do Engenho do Meio, Zona Oeste da cidade.

HISTÓRICO - A empresa Priples diz trabalhar no sistema de marketing multinível, onde os divulgadores do produto (no caso da Priples são anúncios na internet) recebem ganhos de 60% mensais em cima do valor investido.

Em julho, dezenas de divulgadores da empresa fizeram fila na sede da Priples, localizada no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, por não terem recebido os pagamentos.

A maioria das pessoas estava na calçada, debaixo de sol forte, desde o início da manhã, sem ser atendida. Dentro da loja também havia muita gente, mas a reportagem foi impedida de entrar na empresa, que atua na internet fazendo perguntas aleatórias e prometendo remunerar quem atrair mais pessoas para acessar o site.

Por conta de atraso, alguns divulgadores entraram na Justiça contra a empresa, como o estudante de direito Rinaldo Moreira Cavalcanti, que decidiu entrar com uma medida cautelar de arresto para garantir os R$ 10 mil gastos para iniciar suas atividades na empresa.

Em julho, o caderno de Economia do JC publicou matéria explicando como funciona esse tipo de empresa, e alertando para os lucros fáceis prometidos.

Em se tratando de marketing multinível por si só não há chance de lucro, afirma a diretora executiva da Associação Brasileira das Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), Roberta Kuruzu. “Travestir não é a palavra. Diria que essas empresas apenas se fantasiam de marketing multinível para disfarçar uma atividade que não tem nada a ver com comércio legítimo. Se há promessa de lucro fácil, sem atividade comercial por trás, já dá para desconfiar, né?”, questiona Roberta.

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