QUADRILHA

Polícia prende suspeitos com envolvimento com caça-níqueis

Entre os presos estão nove policiais, entre civis e militares. Um delegado e um oficial da PM foram presos

Do JC Online
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Publicado em 11/12/2013 às 5:46
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Atualizada às 14h55

A Secretaria de Defesa Social iniciou, na madrugada desta quarta-feira (11), uma ação para cumprir 15 mandados de prisão e outros 18 de busca e apreensão na Região Metropolitana do Recife (RMR). A Operação Última Jogada investiga suspeitos por envolvimento com máquinas caça-níquel. Entre os detidos estão oito policiais, entre civis e militares, incluindo um delegado da Polícia Civil, Marcos Pereira da Silva, 53, e um oficial da Polícia Militar de Pernambuco, o capitão Sidiney José Figueiredo Braga, do 11º Batalhão. 

Todos os envolvidos e o material apreendido estão sendo levados para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife. O delegado Osvaldo Morais, chefe de Polícia Civil, declarou que independente do envolvimento de policiais no esquema de corrupção, a operação Última Jogada irá prosseguir. "É uma ação bastante complexa porque envolve policiais, mas está prevista no Pacto pela Vida. Foi a primeira que realizamos uma operação deste porte, de apreensão de caça níqueis, com envolvimento de um delegado, comissários, oficiais da polícia militar", disse Morais.

O capitão Sidiney José Figueiredo Braga, o sargento Gilvan Pedro da Silva, o cabo Ademir Marques de Alcãntara e os soldados Ricardo Ferreira de Andrade e Josinaldo José de Freitas, todos da Polícia Militar, serão encaminhados ao Centro de Reeducação da Polícia Militar de Pernambuco (Creed). 

Já os presos civis - o delegado Marcos Pereira e os comissários Marcos Alexandre Pereira, 48, Agnaldo Rodrigues de Oliveira, 52, Antônio Carlos Duarte de Barros, 52 - serão conduzidos ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel). O delegado Marcos Pereira da Silva trabalhava há 29 anos na Polícia Civil, sendo os últimos 13 anos como delegado. Ele será encaminhado ainda hoje para o Cotel.

Estão participando da operação 248 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. A operação é coordenada pela Chefia da Polícia Civil. As investigações tiveram início há um ano e foram efetuadas pela Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (DECASP), com apoio do Centro Integrado de Inteligência e Defesa Social e pela Coordenação de Inteligência Policial da Polícia Civil.

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