Violência

Por não aceitar fechamento de bar, PM agride segurança do local

Caso aconteceu na manhã do último sábado (13). O segurança teve escoriações pelo corpo e pontos na cabeça

Do JC Online
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Publicado em 15/12/2014 às 12:03
Foto: Divulgação/Polícia Militar
Caso aconteceu na manhã do último sábado (13). O segurança teve escoriações pelo corpo e pontos na cabeça - FOTO: Foto: Divulgação/Polícia Militar
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Atualizada às 12h46

Um policial militar agrediu com chutes, murros e tijoladas o segurança de um bar do centro do Recife, na manhã do último sábado (13), após não aceitar o fechamento do bar. De acordo com as imagens das câmeras do local, o policial e outro homem seguram o segurança e o jogam no chão, o agredindo por mais de um minuto. Durante a agressão, o policial mantinha a arma em punho.

De acordo com o delegado Darley Timóteo, do Departamento de Homicídios e de Proteção a Pessoa (DHPP), a confusão começou porque o policial chegou quando o bar estava fechando, às 5h30, mas mesmo assim queria ser atendido. "O estabelecimento tinha uma horário para fechar e o agressor não teria aceitado. Ele entrou no estabelecimento para pegar uma garrafa de bebida, mesmo depois de o vigilante ter informado que ele não poderia. Depois de beber, ele partiu para agredir a vítima", explicou.

A vítima foi encaminhada para o Hospital Real Português, mas já recebeu alta e está em casa. O segurança teve escoriações pelo corpo e recebeu pontos na cabeça. A perícia trabalha para identificar o suspeito de ter agredido o segurança. "Como a cena foi gravada e temos os depoimentos das testemunhas, o inquérito está quase pronto", informou Darlei. O caso será investigado pelo DHPP.

Em nota, a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) informou que abriu procedimento investigativo. Confira a íntegra da nota:

De acordo com o corregedor geral da SDS, Sidney Lemos, ainda no sábado, dia 13/12/2014, após o ocorrido a Corregedoria passou a investigar sobre a filmagem em que o 2º Ten PM Joacy Justino da Silva aparece agredindo um cidadão de nome Lucas Silva dos Santos.

Em decorrência desse lamentável ocorrido, a Corregedoria está providenciando a instauração de um Conselho de Justificação (CJ) em desfavor do militar, com pedido de afastamento pelo art. 14 da Lei. 11.929/2001.

O policial em questão ficará afastado das suas funções pelo prazo da lei que será de 120 dias e por mais 120 dias, totalizando 240 dias, quando terá sido concluído o procedimento instaurado em seu desfavor.

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