Morte

Sargento da PM morre em rebelião do Complexo Prisional do Curado

Informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Polícia Militar. Um detento também foi morto durante a confusão

Do JC Online
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Publicado em 19/01/2015 às 16:32
Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem
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O sargento da Polícia Militar (PM) Carlos Silveira do Carmo, de 44 anos, foi morto, nesta segunda-feira (19), na rebelião de um dos pavilhões do Complexo Prisional do Curado, antigo Aníbal Bruno, no bairro do Curado, Zona Oeste do Recife. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da PM. O detento Edvaldo Barros da Silva Filho também foi morto durante a confusão. Outros 29 ficaram feridos.

O policial foi baleado e socorrido ao hospital Octávio de Freitas, mas não resistiu aos ferimentos. O tiro teria partido de dentro do ASP Marcelo Francisco Araújo (PAMFA), um dos três presídios do complexo. Um detento também morreu durante a confusão. O Batalhão de Choque iniciou a revista dos pavilhões. Por meio do twitter, o Corpo de Bombeiros confirmou que mais quatro detentos ficaram feridos e foram levados para o Hospital da Restauração (HR)

O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado na manhã desta segunda-feira (19) para conter um tumulto em um dos pavilhões do Complexo Prisional do Curado. Os detentos atearam fogo em colchões e o Corpo de Bombeiros também foi chamado.

De acordo com a assessoria da Secretaria de Ressocialização, os detentos das três unidades prisionais do complexo iniciaram um movimento que reivindica uma maior celeridade no julgamento dos processos. Por causa do protesto, um reforço no número de agentes penitenciários foi solicitado e o Choque foi acionado para conter possíveis confrontos.

O Sindicato dos Agentes e Servidores no Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco (Sindasp-Pe) também lamentou o ocorrido. "Para o Sindasp-PE, esta tragédia, como muitas outras, revela o total apagão do Sistema Penitenciário em Pernambuco, que merece ser revisto com urgência e presteza. Denunciamos um déficit de pessoal de 4.700 Agentes Penitenciários, péssimas instalações, falta de condições de trabalho e a morosidade no julgamento dos processos dos apenados, principalmente, pela falta de Agentes Penitenciários para as apresentações judiciais e a falta de defensores públicos", diz em nota enviada à imprensa.

Para a categoria, rebeliões como essas são previsíveis e podem acontecer outras vezes. "Novamente denunciamos que armas e outros ilícitos estão entrando nos presídios por cima dos muros do complexo, visto que, em média, 60% das guaritas continuam desativadas."

O delegado João Paulo Andrade, da 4ª Delegacia de Homicídio, ficará à frente das investigações, segundo nota enviada pela Polícia Civil de Pernambuco.

Em nota, a Polícia Militar de Pernambuco lamentou a morte do sargento e decretou luto de três dias na corporação. Confira a íntegra do documento:

Leia a nota da Polícia Militar na íntegra:

A PM-PE Manifesta profundo pesar pelo falecimento do 1º sargento Carlos Vieira do Carmo, 44, casado, 3 filhos, 24 anos de corporação, lotado há seis meses no Batalhão de Guardas.

Atualmente exercia atividades no Complexo Prisional do Curado, quando na tarde de hoje (19), no pleno exercício de sua missão, foi atingido por um projétil de arma de fogo, durante inspeção na guarita central que liga as três unidades daquele complexo prisional, onde ocorreu um tumulto generalizado em duas unidades durante o dia de hoje.

O Comando Geral da corporação lamenta profundamente o ocorrido, declara luto oficial na corporação por três dias e presta o apoio necessário aos familiares através do Centro de Assistência Social da corporação e do batalhão ao qual pertencia o sargento.

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Detentos do Complexo do Curado reivindicam maior celeridade no julgamento dos seus processos - Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem
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Detentos do Complexo do Curado reivindicam maior celeridade no julgamento dos seus processos - Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem
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Detentos do Complexo do Curado reivindicam maior celeridade no julgamento dos seus processos - Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem
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Detentos do Complexo do Curado reivindicam maior celeridade no julgamento dos seus processos - Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem
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Foto: Guga Matos/JC Imagem
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