Centenas de policiais civis se reuniram em assembleia na frente do sindicato que os representa, localizado no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, para discutir questões relativas à campanha salarial do grupo e aos valores pagos pelo governo do Estado pelas diárias dos plantões de Carnaval. Insatisfeitos com os R$ 180 oferecidos e exigindo, ao invés disso, receber horas extras, os policiais ameaçavam cruzar os braços durante a folia de momo. Na reunião desta quarta-feira (28), o Sinpol-PE lembrou que nenhum profissional é obrigado a estender sua jornada de trabalho e que aqueles policiais que não quiserem trabalhar no Carnaval não podem ser punidos, desde que isso seja comunicado com antecedência.
A reunião começou por volta das 19h30 e, na ocasião, foram votados os quatro itens que compunham a pauta de reivindicações do grupo: isonomia da gratificação de risco policial (Atualmente delegados recebem percentual de 225% enquanto demais policiais recebem 100%. A categoria exige que todos recebam o maior percentual), revisão do plano de cargos, carreiras e vencimentos, percentual de reajuste inflacionário e inclusão dos papiloscopistas no Quadro Técnico da Polícia (QTP). Todos os pontos foram aprovados por unanimidade pelos presentes.
Nesta quinta-feira (29), o Sinpol-PE entregará a pauta da categoria ao governo. Uma nova assembleia para analisar a contra-proposta oficial e definir os rumos da mobilização está marcada para o dia 25 de fevereiro.