O artefato explosivo implantado nas costas do gerente de uma agência do banco Itaú, na tarde de ontem (11), em Caruaru, no Agreste pernambucano, era falso. Em coletiva de imprensa no Departamento de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio (Depatri), nesta quinta-feira (12), a Polícia Civil informou que havia areia em vez de pólvora na bomba. O material foi encaminhado para análise na Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core), passará pelo Instituto de Criminalística (IC) e voltará para o Depatri.
O delegado do Core, José Silvestre, afirmou que os agentes da divisão de explosivos do Core levaram cerca de 10 minutos para desarmar a bomba. Depois de analisar o material supostamente explosivo, os policiais confirmaram que se tratava de um "simulacro", denominação utilizada nesses casos.
Apesar de terem utilizado um helicóptero para agilizar o trajeto até Caruaru, a polícia não teve contato com os bandidos, que fugiram antes dos agentes chegarem ao local. "Já possuímos informações sobre a quadrilha, mas a fuga deles dificultou as investigações", contou o delegado do Depatri, Mauro Cabral, responsável pelo caso.
Os bandidos renderam a vítima em casa, implantaram a falsa bomba em suas costas e direcionaram o funcionário até a agência onde trabalha, na Rua Vigário Freire, em Nossa Senhora das Dores, região central de Caruaru. Parte da quadrilha ainda manteve a família da vítima em cativeiro enquanto o homem era levado para retirar uma quantia em dinheiro e levar bens do banco.
O sequestro foi abandonado pelos bandidos quando souberam que a polícia foi acionada. Eles libertaram as vítimas e fugiram. A operação acabou por volta das 15h. Não houve pagamento de resgate.
A polícia não revelou a identidade do gerente ou detalhes sobre a família por questões de segurança e andamento das investigações.