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Corpo do professor Betinho do Agnes é enterrado no cemitério de Santo Amaro

José Bernardino da Silva Filho, 48 anos, foi encontrado morto em casa na noite do sábado (16).

Do JC Online
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Publicado em 18/05/2015 às 12:48
Foto: Guga Matos/JC Imagem
José Bernardino da Silva Filho, 48 anos, foi encontrado morto em casa na noite do sábado (16). - FOTO: Foto: Guga Matos/JC Imagem
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O corpo do pedagogo José Bernardino da Silva Filho, conhecido como Betinho do Agnes, foi enterrado na manhã desta segunda-feira (18), no cemitério de Santo Amaro, área central do Recife. O homem de 48 anos foi encontrado morto, amarrado e com sinais de espancamento, em seu apartamento, no edifício Módulo, na Avenida Conde da Boa Vista, também no Centro. Emocionados e estarrecidos com a morte do professor, familiares, amigos, alunos e colegas de trabalho prestaram suas últimas homenagens, sempre enfatizando o jeito ético e dedicado do profissional.

O docente trabalhava como coordenador no Colégio Agnes, nas Graças, e ensinava na Escola Municipal Professor Moacir de Albuquerque, em Nova Descoberta, ambas na Zona Norte. “Ele era considerado por muitos como uma pessoa da família. Uma pessoa rígida, porém muito atenciosa. Não havia quem falasse mal dele”, contou o aluno Rodrigo Melo, que cursa o terceiro ano do ensino médio no Agnes. “Estamo todos chocados com a notícia. Ainda não dá para acreditar”, falou.

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De acordo com a polícia, os vizinhos e porteiros afirmaram que a vítima mantinha relações homossexuais e “costumava levar diversos garotos de programa para casa”. Não foi confirmado se o suspeito do crime é um desses garotos de programa. Ele foi encontrado amarrado nos pés e no pescoço, com fios de eletrodomésticos, e morreu devido a golpes de ferro de passar na cabeça. O caso vai ser investigado pelo delegado Alfredo Jorge, da 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Os parentes e amigos anunciaram desconhecer a informação dada pela polícia. “Nós fomos criados juntos. Em toda sua vida, nunca soubemos de nada disso. É muito fácil deduzir essa história porque no lugar onde ele morava a prostituição era comum. A polícia quer fechar logo o inquérito sem investigar os verdadeiros motivos da morte de Betinho. Queremos justiça”, comentou a técnica em informática Regina Nascimento, prima do professor.

Ainda segundo a polícia, o crime aconteceu pelo menos 24 horas antes de o corpo ser encontrado. O órgão solicitou as imagens do circuito interno do prédio e exames para confirmar se houve relação sexual antes da morte.

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