Paralisados nesta terça-feira (19), durante 24 horas, policiais civis do Estado realizam diligências nas delegacias e entregam cartas à população nos semáforos mais movimentados da capital pernambucana. Objetivo é esclarecer a sociedade sobre as reivindicações da categoria. O serviços da Polícia Civil de Pernambuco estão suspensos até a meia-noite desta quarta (20). Estão em funcionamento apenas as delegacias de flagrantes.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), entre os pontos apresentados na pauta de reivindicações estão a fixação da gratificação por função policial em um percentual de 225% para todos os policiais civis do Estado. Além disso, o sindicato também reivindica para a categoria modificações no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) que promovam aumentos salariais por tempo, qualificação e faixa etária. Por fim, pedem que os Peritos Papiloscopistas integrem o Quadro Técnico Policial e que o Governo do Estado realize a reposição inflacionária para o ano base de 2015.
Segundo o presidente do sindicato, Áureo Cisneiros, a categoria pretende realizar uma passeata, seguida de assembleia geral, no início de junho. "Os atos serão realizados caso a reunião com o secretário de Administração, Milton Coelho, não sugira avanços na negociação. A categoria está aberta para o diálogo", afirmou Cisneiros. A reunião está marcada para acontecer nesta quinta-feira (21), às 8h.
Na última quarta-feira (13), a categoria realizou uma passeata pelas ruas do Centro do Recife para chamar a atenção do Governo do Estado para a pauta de reivindicações. No mesmo dia, foi realizada assembleia para resolver as diretrizes do movimento, que decidiu pela paralisação de 24 horas desta terça-feira (19).
Delegados também reivindicam reajuste de salário e melhores condições nas delegacias
A Associação dos Delegados de Pernambuco (Adeppe) também vai se reunir com a Secretaria de Administração do Estado, no próximo dia 27, para rediscutir ajuste salarial e melhores condições de trabalho. Os resultados do encontro serão divulgados em assembleia geral no dia seguinte, no auditório da sede do Banco Central, em Santo Amaro, Centro. Lá, a categoria decidirá se haverá paralisação ou greve, de acordo com o que for discutido com o governo.
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Segundo a entidade, os delegados pernambucanos recebem o pior salário da categoria no País. Problemas como assédio moral entre os delegados e condições insalubres nas delegacias são dois grandes pontos da categoria.
"A nossa intenção não é fazer greve. É mostrar à sociedade que a Polícia Civil está sendo tratada de forma desumana pelo Estado. Plantonistas estão dormindo em colchões no chão, muitos estão adoecendo por conta disso. Prédios em condições bastante precárias, sem material suficiente. Muitos delegados compram por sua conta material de expediente para que o serviço não pare", afirmou o presidente da Adeppe, Francisco Rodrigues.