O italiano Pasquale Scotti, preso no Recife nessa terça-feira (26), segue na manhã desta quarta-feira (27) para Brasília (DF). O membro da organização mafiosa Camorra embarcou, acompanhado por três agentes da Polícia Federal, no voo JJ3457 da Tam às 5h58 com previsão de chegada no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, por volta das 9h30.
Leia Também
Pasquale chegou ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, no Recife, às 17h da terça-feira e passou a noite na Delegacia de Imigração da PF. Em Brasília, o italiano deve ser encaminhado à carceragem da sede da PF, onde ficará à disposição do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o chefe de comunicação da Polícia Federal em Pernambuco, Giovani Santoro, as autoridades italianas já deram início ao processo da extradição dele para a Itália. “É do interesse do governo italiano que esse procedimento seja feito o mais rápido possível. Já há um pedido formal do governo italiano e agora o governo brasileiro com os outros órgãos competentes estão analisando todos os procedimentos para que ele possa ser extraditado o mais rápido possível”, explicou Santoro.
Prisão
O italiano Pasquale Scotti, 56 anos, foi condenado à prisão perpétua na Justiça da Itália por mais de vinte homicídios, crimes de porte ilegal de armas de fogo, resistência e extorsão, cometidos entre 1980 e 1983. A prisão foi realizada, em conjunto, pela Polícia Federal, Interpol e seção de investigação sobre o crime organizado de Nápoles. Scotti Pasquale foi encontrado na capital pernambucana através de comparação de impressões digitais. Ele, que se apresentava como Francisco de Castro Visconti, usava carteira de identidade, CPF e até título de eleitor ilegais.
Scotti estava no Brasil desde o ano de 1986 e em 1995 casou-se com uma brasileira e teve 2 filhos. Atualmente, o italiano, que era sócio da casa noturna Sampa Night Club, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana, e de uma empresa no ramo de importação de alimentos, morava no bairro do Sancho, na Zona Oeste do Recife.
Em entrevista à Rádio Jornal, o delegado e superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marcelo Diniz Cordeiro, contou como foi possível chegar ao acusado. "Nossa área de inteligência tem dados, graças às informações que o Interpol disponibiliza, que permite identificar foragidos internacionais", afirma.