A Polícia Civil de Pernambuco trabalha para esclarecer o desaparecimento da dona de casa Patrícia Pereira da Silva, de 31 anos. A mulher foi vista pela última vez no dia 18 de maio, no município de Garanhuns, Agreste do Estado, cidade onde morava. Desde então, não se têm informações sobre o paradeiro da dona de casa. Os investigadores acreditam que o ex-marido de Patrícia, o caminhoneiro José Cláudio Marques de Siqueira, 35 anos, tenha envolvimento com o desaparecimento.
No dia do sumiço, Patrícia iria para a casa da avó, com quem dormia todas as noites. De acordo com a mãe da dona de casa, a técnica em radiologia Djanyra Wanderley, 50, a filha saía todos os dias às 18h e seguia o mesmo caminho. No entanto, no dia 18 a filha saiu mais cedo e tomou um caminho diferente. "Acreditamos que José Cláudio tenha marcado um encontro com ela para comprar um celular para o filho deles, por isso ela saiu mais cedo", explica a mãe.
Segundo familiares da dona de casa, os dois tinham um relacionamento muito conturbado. Os 14 anos em que estiveram juntos foram marcados por brigas e ameaças, de acordo com os parentes. "Eles estavam separados há 10 meses. Ela vivia em constante ameaça. Ele ameaçava de morte tanto ela quanto o filho deles, que tem 10 anos", conta Paula Paes, 28, irmã de Patrícia Pereira.
Em janeiro deste ano, o caminhoneiro chegou a ser detido por ameaça contra a ex-esposa, mas foi liberado mediante o pagamento de fiança. Por medo do ex-companheiro, Patrícia solicitou na Justiça uma medida protetiva, que determinava que José Cláudio mantivesse uma distância mínina de 200 metros da dona de casa. Dias antes de desaparecer, ela retirou o pedido de proteção.
"A polícia tem trabalhado incessantemente à procura de Patrícia. O ex-marido é o nosso principal suspeito. Nós temos uma linha de investigação, que nos aponta que ele pode estar em poder da dona de casa. O suspeito têm um histórico de violência doméstica", afirma Débora Bandeira, titular da Delegacia da Mulher de Garanhuns e responsável pelas investigações.
O inquérito policial do caso deveria ser concluído no início da próxima semana, mas, como o suspeito ainda não foi localizado pela polícia, a delegada responsável, Débora Bandeira, solicitou a prorrogação das investigações por mais 30 dias. O caminhoneiro já foi intimado a prestar depoimento, mas ainda não se apresentou. Até agora, mais de 20 pessoas foram ouvidas pela polícia.
Quem tiver informações sobre o paradeiro da dona de casa pode entrar em contato com a família através dos telefones (87) 99827-5078 / 98109-2622.