Logo após ter encontrado o corpo de Maria Alice, a delegada Gleide Ângelo ligou para a mãe da jovem, Maria José de Arruda, que atendeu o telefone com voz de quem receberia uma boa notícia sobre a filha. As palavras da delegada foram o suficiente para Maria José desabar emocionalmente. No fundo, a família ainda nutria a esperança de que a polícia encontraria Maria Alice viva.
À noite, Gleide postou na sua página pessoal no Facebook: “Tudo o que pude dizer foi ‘não tenho como trazer sua filha de volta. Só posso prender o culpado para que a justiça seja feita’. Mas quem vai preencher o vazio no coração da mãe? Gostaria de fazer muito mais, mas não posso. É uma pena”.
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Já na manhã de ontem, a irmã de Maria Alice, Angélica Seabra, informou que a mãe estava muito abalada e precisou tomar fitoterápico calmante para dormir. À tarde, a irmã já demonstrava estar pouco confiante em receber uma boa notícia sobre Maria Alice. “Espero que ele (Gildo) pague pelo o que está fazendo com a nossa família”, declarou.
Às 17h, o tio de Maria Alice, Valdeir Arruda, foi à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) depois de tomar conhecimento de que o corpo foi encontrado. Sobre o estado de Maria José, ele se limitou a dizer que ela estava “daquele jeito”, deixando transparecer que sua irmã permanecia mal por causa do crime.
Cerca de 10 minutos após Valdeir passar pelo DHPP, Gleide chegou abatida ao local e disse não estar autorizada para falar sobre o caso e que hoje passaria os detalhes. Ao ser questionada sobre a impressão pessoal que tem do crime, a delegada resumiu: “Um monstro”. Ela acrescentou que os exames do Instituto de Medicina Legal (IML) confirmarão a causa do óbito. Ainda não há informações sobre o sepultamento da jovem.