Cinco detentos fugiram da Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife, na noite dessa terça-feira (6). Segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização de Pernambuco (Seres-PE), os presos escaparam por um buraco no muro durante troca de tiros. As informações iniciais apontam que os cinco presos fazem parte de uma organização criminosa conhecida como Okaida. Uma sindicância foi aberta pela Seres para investigar o ocorrido. Os fugitivos são: Sérgio Luiz de Souza, Márcio Maciel dos Santos, Genário de Brito Silva, Paulo César de Lima e José Roberto de Lima.
Ainda conforme a Seres, um dos nove guariteiros da penitenciária foi surpreendido por disparos efetuados do lado externo da unidade. Os detentos escaparam por um buraco durante a confusão. A Seres afirmou ainda que a abertura foi feita de fora para dentro. O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, no entanto, diz que o buraco foi feito pelos presos com uma barra de musculação. “Acreditamos que se tratou de uma fuga planejada, foi algo organizado e eles estavam todos vestidos de preto para que não fossem vistos na mata”, afirma o secretário.
A fuga aconteceu por volta das 19h30 da terça, mas a confirmação da fuga dos cinco detentos aconteceu apenas por volta das 2h desta quarta-feira. Até o momento, nenhum dos fugitivos foi preso. “A penitenciária está defasada e superlotada. Ela tem capacidade para 1.140 presos, mas abriga 2.025 homens. Mas tomaremos providências, como fortalecer as guaritas na área externa e fazer uso de equipamentos eletrônicos como câmeras de segurança. Caso necessário, utilizaremos armamento mais forte, pois não vamos tolerar mais situações como esta”, afirma Pedro Eurico.
A Okaida é uma organização criminosa surgida na Paraíba, com ramificações nos Estados de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte. Considerado de alta periculosidade, o grupo é responsável por extermínio e assaltos a bancos. Segundo o secretário Pedro Eurico, os integrantes da Okaida presos em Pernambuco vieram transferidos dos presídios da Paraíba. O secretario não precisou quantos membros da Olkaida estão no estado.
A Barreto Campelo é palco de conflitos constantes envolvendo brigas e tentativas de fuga de detentos. Em agosto, o presidiário Fabrício Freire Rego dos Santos, de 31 anos, morreu ao ser atingido por um instrumento perfurocortante durante uma briga. Em julho, outro reeducando, Marcos Antônio do Nascimento Wanderley, de 40 anos, também morreu na penitenciária, após troca de tiros numa tentado de sair do presídio.
