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Três homens foram presos em flagrante na tarde da última quarta-feira (16) após realizarem um assalto ao Banco Santander da Avenida Caxangá, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife. Em coletiva na manhã desta segunda (21) na sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri) em Afogados, também na Zona Oeste, o delegado Mauro Cabral, da Delegacia de Polícia de Roubos e Furtos (DPRF) deu mais detalhes do caso. A quadrilha já era conhecida por entrar em agências bancárias atirando contra vidraças para intimidar os seguranças. Com ela, foi apreendida uma pistola calibre 32, além de munição.
Segundo o delegado, policiais do DPRF foram informados sobre o assalto ao Banco Santander e, ao chegarem ao local, identificaram uma motocicleta abandonada. Duas horas depois do crime, duas pessoas tentaram recuperá-la e foram identificadas como participantes da ação. Logo após a apreensão dos supeitos, um terceiro envolvido foi identificado. Sérgio de Souza, conhecido como Carioca, de 43 anos, Valter Sales, 20, e Sérgio Marques da Silva, o Serginho, 22, foram autuados em flagrante por tentativa de latrocínio e associação criminosa e encaminhados ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel).
Procurado pela Polícia Federal, Carioca responde, ainda, por porte ilegal de arma. Segundo Cabral, ele era o responsável por realizar os disparos e iniciar o assalto, enquanto os outros dois suspeitos, que não têm passagem pela polícia, se passavam por clientes dentro da agência. "Uma característica desse grupo era já chegar disparando contra as vidraças dos bancos para inibir ou desencorajar qualquer reação dos vigilantes", comenta o delegado. "Essa prisão foi importante porque desarticula uma quadrilha que, a princípio, já foi identificada como responsável por quatro assaltos a bancos".
De acordo com o delegado, os suspeitos já assumiram participação em outros assaltos, como à Caixa Econômica Federal de Olinda em outubro e a uma unidade do Banco do Brasil em Boa Viagem em julho. Para Cabral, há uma mudança no perfil das quadrilhas especializadas em assaltos a bancos. "Podíamos identificar que as pessoas envolvidas tinham mais experiência no mundo do crime, uma ficha criminal muito maior. Nesse caso, foram presas três pessoas ligadas a cerca de quatro assaltos, sendo que duas delas não têm passagem pelo sistema prisional, então podemos fazer uma leitura de que realmente há uma mudança no perfil dessas quadrilhas", ressalta. Até o momento, foi identificada a participação de pelo menos sete pessoas envolvidas com a ação. De acordo com Mauro Cabral, as investigações continuam e o DPRF suspeita que mais pessoas estejam envolvidas.