Desaparecido

Interpol emite alerta internacional para tentar encontrar garoto desaparecido

Carlos Boudoux estaria com o pai, o comerciante argentino Carlos Attias

Do JC Online
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Publicado em 22/02/2016 às 9:10
Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
Carlos Boudoux estaria com o pai, o comerciante argentino Carlos Attias - FOTO: Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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As investigações do desaparecimento do menino Carlos Boudoux, de 8 anos, filho de uma pernambucana que teria sido levado pelo pai argentino, ganhou o apoio da Interpol. O órgão emitiu um alerta internacional para colaborar com as autoridades brasileiras no caso. A Polícia Federal da Argentina também foi notificada sobre o desaparecimento e deverá intensificar a fiscalização para o caso do empresário argentino Carlos Attias tenha viajado para o país com o filho. 

Cartazes com a foto do garoto também foram afixados em estações ferroviárias, aeroportos internacionais e nas regiões de fronteira brasileiras. Segundo a delegada Mariana Cavalcanti, qualquer pessoa que se negar a entregar a criança poderá ser presa, conforme medida tomada pelo desembargador Bartolomeu Bueno na noite da sexta-feira (19). 

O caso vinha sendo investigado pela Polícia Federal de Pernambuco desde o último dia 10. A fisioterapeuta Cláudia Boudoux procurou ajuda na PF afirmando que o garoto estava com o pai estava desde o dia 2 de janeiro. Cláudia teme que o filho seja levado para fora do país ilegalmente. O casal, que tem mais 2 filhos, compartilhava a guarda das crianças, mas o pai parou de pagar a pensão alimentícia há 10 meses.

A situação começou ainda no ano passado, na noite da véspera de Natal, quando um oficial de justiça foi a casa da irmã de Cláudia para buscar as crianças pouco antes da ceia. A ordem definia que o pai deveria estar com as crianças naquele dia. Por meio de um acordo, Cláudia entregou os dois filhos mais novos, de 10 e 8 anos, no dia 25. 

A decisão judicial, no entanto, também definia que o pai deveria entregar as crianças de volta à mãe dois dias depois, no dia 27 de dezembro, o que não aconteceu. A partir daí, Cláudia procurou a justiça para reaver os filhos. No dia 29, foi expedido um mandado de busca e apreensão para eles, mas as crianças não foram encontradas.

Dois dias depois, no dia 31 de dezembro, o pai foi ao Fórum Tomás de Aquino, no Centro do Recife. De acordo com a fisioterapeuta, é possível que ele procurasse uma decisão de instâncias superiores para continuar em posse das crianças. A decisão favorável permitiu que ele passasse o Réveillon com os filhos, que deveriam ser devolvidos no dia 2 de janeiro. 

Nesse dia, no entanto, apenas uma criança voltou para casa. Cláudia Boudoux procurou novamente a justiça, que decidiu em favor da mãe e proibiu o pai de ver as crianças. Mas, até agora, Carlos não foi encontrado. 

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