Um homem foi preso em flagrante por posse ilegal de material explosivo em Camaragibe, no Grande Recife. Aldemir Wefferson de Araújo Lopes, 26, é suspeito de ter participado de diversos casos de estouro de caixas eletrônicos, inclusive o que aconteceu em Boa Viagem no dia 19 de novembro.
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Com o suspeito, a polícia apreendeu três explosivos, pesando aproximadamente 500 gramas, três espoletas de acionamento não elétricas, uma balança (que seria para pesar os explosivos), duas cédulas de R$ 50 manchadas de tinta rosa (típicas de serem originadas de caixas eletrônicos explodidos) 66 grampos (material usado para furar pneus de carros), um casaco importado à prova de balas, uma motocicleta, três carros e mais três placas, possivelmente utilizadas para clonagem de veículos.
Prisão
Aldemir Wefferson de Araújo Lopes, conhecido como Uel, foi abordado em sua casa, no bairro de Cosme e Damião, em Camaragibe, no Grande Recife. Ele é condenado por assalto a banco e estava em liberdade condicional desde setembro.
Em coletiva, na sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste, o delegado Joel Venâncio explicou que chegou até o suspeito investigando uma explosão a um caixa do Banco do Brasil localizado em uma farmácia Pague Menos, em Boa Viagem, no dia 19 de novembro.
“As informações que recebemos batiam com a da Força-Tarefa (que reúne polícias civil, militar e federal na investigação de assaltos a banco) e resolvemos apurar, para colaborar”, salientou. Ao chegar à residência do suspeito ele não reagiu.
Conforme o delegado, Aldemir assumiu que os explosivos eram dele, mas negou continuar assaltando bancos e a posse do restante do material apreendido. Disse, inclusive, que os explosivos eram antigos, embora estivessem em perfeita condições de uso e sua condenação se referisse a roubo com uso de maçarico. Também falou que trabalhava com a compra e venda de carros.
“O depoimento dele é desencontrado. Mas até pela sua movimentação financeira é evidente que está envolvido em várias ocorrências. Os veículos são ‘quentes’, mas ele não tem renda, de onde vem o dinheiro para adquiri-los? Ou eram utilizados nas ações ou serviam para lavagem de dinheiro. Tudo isso será investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF)”, salientou o delegado.
As informações eram de que ele também teria armamento pesado. “Mas infelizmente não localizamos as armas”, observou Venâncio. “Ainda será apurado se ele está envolvido na aquisição de uma série de imóveis em Camaragibe”.
Os explosivos e o colete apreendidos têm código que será utilizado pelo Exército para rastreamento, a fim de se identificar suas origens. A polícia acredita que isso ajudará a desvendar o restante da quadrilha.
O suspeito foi encaminhado para audiência de custódia. E se for condenado somente por posse de explosivo poderá pegar de três a seis anos de prisão.