Atualizada às 12h44
Em coletiva na manhã desta quinta-feira (28), a Polícia Civil descartou a possibilidade da criança de três anos que foi raptada na cidade de Panelas, no Agreste, ter sido vítima de abuso sexual. Este novo resultado desmente a análise realizada nessa quarta-feira (27), na qual um médico da policlínica da cidade de Catende, onde ela foi encontrada, havia afirmado que a menina tinha sido violentada.
As perícias traumatológica e sexológica foram realizadas na madrugada de hoje pelo médico legista José Alves, do Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru. No laudo, houve a constatação que a menina estava com assaduras nas partes íntimas, mas que não tinha ligação com nenhum tipo de ato sexual.
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Sandra Santos, chefe da polícia científica, confirmou as informações do IML. A perícia também descartou que a criança tenha sofrido agressões físicas.
Ainda segundo a polícia, a criança já está com a família e será acompanhada pelo Conselho Tutelar da cidade.
Envolvidos
De acordo com a polícia sete pessoas estão sendo investigadas por envolvimento no crime. Os três homens que ativamente participaram do sequestro, o vizinho que os conduziu até a residência, duas mulheres e um presidiário.
A criança foi encontrada em uma rua de Catende por adolescentes. Segundo a polícia, a menina foi solta por duas mulheres que moram na cidade e cuidavam dela no período do rapto. Uma das mulheres diz ser avó da criança, enquanto a outra alega ser a verdadeira mãe biológica da criança.
O crime teria sido encomendado por um presidiário que se diz pai da criança e teria tomado a decisão de raptar a menina porque ela estaria sofrendo maus tratos em casa. Ele está cumprindo pena na penitenciária de Pesqueira desde 2014 por homicídio e assalto.
Após a repercussão do caso, o presidiário informou à Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) que iria libertar a criança. A polícia irá realizar o teste de paternidade para identificar quem são os verdadeiros pais biológicos.
O inquérito da polícia irá investigar os envolvidos por carcere privado, arrebatamento e abandono de incapaz. Os três sequestradores já tiveram a prisão preventiva pedida pela Polícia Civil.
Entenda o caso
A menina foi raptada da casa dos pais, localizada no distrito de Cruzes, Zona Rural de Panelas, no último dia 24. De acordo com a Polícia Militar, o crime foi cometido por pelo menos três pessoas que já tiveram as prisões decretadas
Testemunhas afirmaram que, no dia do rapto, homens estacionaram um carro em uma rua distante da residência da família e perguntaram aos vizinhos onde a mãe da criança morava.
Um vizinho teria conduzido dois dos suspeitos até a casa da criança enquanto o outro esperava no carro. Enquanto a mãe foi buscar água, os homens levaram a menina da residência.
Na segunda-feira (25) um dos suspeitos foi preso pela polícia. Já o carro usado para levar a menina da casa dos pais foi encontrado na manhã de ontem, em uma garagem, no município de Garanhuns, Agreste do estado.