RECIFE

Operação mira suspeitos de homicídios com atuação na Zona Sul

De acordo com a Polícia Civil, o grupo começou a ser investigado após a atuação na morte do estudante da UFPE, em junho de 2017

JC Online
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Publicado em 24/07/2018 às 6:33
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De acordo com a Polícia Civil, o grupo começou a ser investigado após a atuação na morte do estudante da UFPE, em junho de 2017 - FOTO: Foto: Reprodução/Google Maps
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A 29° Operação de Repressão Qualificada, denominada de ‘Engenho’, foi desencadeada na manhã desta terça-feira (24) com o objetivo desarticular uma associação criminosa voltada às práticas de homicídios, tráfico de drogas e comércio ilegal de armas no Ibura, na Zona Sul do Recife. Foram cumpridos 12 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão domiciliar nas cidades de Camaragibe, Recife e Jaboatão.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações contra o grupo começaram a serem feitas após a morte do estudante de Administração, Heytor Cavalcanti, de 22 anos, que foi vítima do crime de latrocínio, roubo seguido de morte, em junho de 2017.

Segundo o Chefe da Polícia Civil, Joselito Amaral, dos 12 mandados de prisão já cumpridos, cinco foram realizados contra suspeitos que já estão presos. “As ordens para as ações dessa organização criminosa partiam de dentro do presídio, onde estava o líder desse grupo”, explicou.

Durante esse período de investigação, foram registrados 10 homicídios relacionados aos criminosos, mas outros também foram evitados pela polícia. Joselito afirma também, que os assaltos praticados pelos suspeitos serviam para a capitalização do tráfico de drogas na região de atuação do grupo, no Ibura.

Na operação, foram apreendidos drogas e armas. Todos os mandados foram expedidos pela Vara Criminal da Comarca do Recife.

A operação, que envolveu 100 agentes policiais, foi coordenada pela Diretoria Integrada Especializada (DIRESP) e supervisionada pela Chefia da Polícia Civil. Os detalhes sobre a operação serão divulgados nesta quarta-feira (25).

Morte de estudante

A operação foi denominada de 'Engenho', por ser o local da morte do estudante Heytor Cavalcanti, de 22 anos, que foi uma das vítimas dessa organização criminosa. De acordo com informações do Chefe da Polícia Civil, Joselito Amaral, o suspeito responsável pela morte do aluno de Administração da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi morto pelo próprio grupo após um desentendimento pela divisão de bens relacionados ao tráfico de drogas. 

O latrocínio aconteceu no dia 28 de junho de 2017, quando a vítima, junto com a sua namorada, foram abordados por dois suspeitos armados em uma motocicleta quando chegavam de carro na casa da avó do rapaz para almoçar.

No momento do crime, a namorada de Heytor estaria dirigindo o veículo e ele estaria no banco do carona. A garota teria se assustado e tentado arrancar com o carro após o anúncio da ação pelos bandidos. Neste momento os assaltantes teriam disparado contra o casal, atingindo Heytor na altura do peito e Mariana na barriga.

A família do universitário disse à polícia que ele ainda conseguiu sair do carro e tocar a campainha da casa dos avós, mas quando eles abriram o portão o jovem já estaria ensanguentado e desacordado. Um taxista que passava pelo local e ouviu os disparos conseguiu prestar socorro ao casal e encaminhar as vítimas ao Hospital Barão de Lucena, na Iputinga.

Ao chegar à unidade de saúde Heytor já estaria morto. Já Mariana passou por uma cirurgia que durou cerca de 2h e foi transferida para um hospital particular do Recife.

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