CRIME

Quadrilha suspeita de aplicar golpes pela internet é presa

Segundo a Polícia Civil, o grupo atuava no Brasil e também no exterior

JC Online
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Publicado em 06/09/2019 às 17:05
Foto: Edésio Lemos/ PCPE
Segundo a Polícia Civil, o grupo atuava no Brasil e também no exterior - FOTO: Foto: Edésio Lemos/ PCPE
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A Polícia Civil deflagrou, nessa quinta-feira (5), uma operação denominada Chargerback, com o objetivo de desarticular uma quadrilha que aplicava golpes furtando instituições bancárias no Recife. Cinco pessoas foram presas, incluindo o braço direito do chefe do grupo.

De acordo com o delegado João Gustavo Godoy, titular da Delegacia de Polícia do Cordeiro, a quadrilha agia, principalmente no modo phishing, que acontece quando criminosos enviam mensagens que parecem ser enviadas por organizações legítimas, como por exemplo instituições bancárias, para obter informações pessoais da vítima. "Eles mandavam cem, duzentos milhões de e-mails se passando por bancos ou estabelecimentos comerciais. A partir do momento que a pessoa clicava em um link que estava nesse e-mail, a vítima dava acesso a um vírus malicioso que repassava todas as informações e permitia o controle do computador a terceiros", explicou.

O delegado informou que, ao ter acesso aos dados das vítimas, os suspeitos 'tomavam' os aplicativos bancários. "Eles pegavam um telefone celular, mudavam os endereços, mudavam os telefones celulares e faziam transferências mandando esse dinheiro para contas de terceiros", contou."Em um ataque, eles desviaram R$ 889 mil de uma instituição bancária e, em outro, R$ 700 mil. Só três integrantes dessa quadrilha alimentaram em suas contas correntes R$ 6 milhões. Nós estamos falando de uma quadrilha milionária, organizada e estruturada", concluiu o titular da delegacia.

Atuação internacional

A polícia informou que o grupo também agia em outros países. "Eles agiam aqui [no Brasil] atacando contas, em clonagem de cartões nos Estados Unidos e integrantes da quadrilha viajaram para a Europa com cartões clonados para fazer compras lá", disse Godoy.

De acordo com o titular da delegacia, era um grupo que costumava esbanjar dinheiro. "Eles ostentavam sim. Quando viajaram para a Europa, foram de classe executiva. Iam para festas, alugavam lanchas", afirmou.

Apreensões

A polícia apreendeu cadernos com anotações contábeis de gastos, maquinetas de cartão, cartões de crédito, agendas com anotações financeiras, e-mail e senhas de lojas de compras, computadores, aparelhos celulares, oito papelotes de cocaína e um simulacro de revólver.

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