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O início da fase de testes da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) na 2ª etapa da adutora do Pajeú, no Sertão do estado, irá deixar alguns municípios da região sem abastecimento de água. A obra, que ainda não foi entregue oficialmente pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), irá beneficiar as cidades de São José do Egito e Tuparetama, a partir da cidade de Afogados da Ingazeira.
Enquanto as obras não são concluidas, os municípios de São José do Egito e Tuparetema, além das localidades beneficiadas pela 1ª etapa da adutora, que são as cidades de Afogados da Ingazeira, Calumbi, Serra Talhada, Carnaíba, Quixaba, Tabira, Flores, além de Canaã (distrito de Triunfo) ficarão com o abastecimento comprometido.
Segundo a coordenadora técnica de engenharia da Compesa do Alto Pajeú, Mirella Santos, desde o início dos testes da 2ª etapa da Adutora do Pajeú foram contabilizadas 10 quedas de tensão no sistema elétrico, o que tem provocado sucessivos estouramentos na adutora. "Quando ocorrem panes elétricas no início do sistema adutor as cidades posteriores ao problema tem o abastecimento suspenso para que reparos sejam realizados", explicou a coordenadora técnica da Compesa.
A coordenadora da Compesa explicou ainda que a fase de testes é imprescindível na busca dos ajustes operacionais necessários a qualquer sistema adutor recém implantado para que abasteça satisfatoriamente a população de São José do Egito e Tuparetama, cidades prejudicadas pelo colapso da Barragem Rosário, que abastecia as duas cidades. "As cidades de Ingazeira, Iguaraci e o distrito de Jabitacá, também atendidas pela barragem do Rosário, só poderão receber água do Sistema Adutor do Pajeú quando os municípios de São José do Egito e Tuparetama estiverem com a distribuição regularizada por meio da Adutora do Pajeú", adiantou Mirella Santos.
Para tentar resolver a questão das frequentes quedas de energia (variação de tensão na rede elétrica), a Compesa acionou a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e aguarda uma solução para o caso. "Pedimos a compreensão da população dessas cidades e estamos trabalhando para agilizar todos os procedimentos necessários para que a água do rio São Francisco chegue com regularidade nas casas dos sertanejos", complementou Mirella Santos.