Barreira

Equipes do Samu e do Huoc simulam atendimento a vítima de ebola

Treinamento aconteceu na tarde desta quinta-feira, no Recife

De Cidades
Cadastrado por
De Cidades
Publicado em 11/09/2014 às 20:33
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Treinamento aconteceu na tarde desta quinta-feira, no Recife - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Leitura:

Profissionais do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Grande Recife simularam na tarde desta quinta-feira (11/09)  o atendimento a uma vítima do ebola.  Os dois serviços são a referência para a eventual entrada de uma pessoa infectada vinda da África Ocidental, onde há transmissão da doença. Todo tratamento no Brasil, no entanto, será concentrado no Instituto de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, conforme orientação do Ministério da Saúde.

Mesmo que o contato seja rápido no Estado _ o paciente só deverá permanecer no máximo 12 horas _, todos os profissionais que estiverem com o doente deverão se proteger para evitar contaminação com sangue, saliva ou qualquer secreção.

"Apenas o Samu fará o transporte do paciente ao Oswaldo Cruz", explicou o médico Leonardo Gomes, coordenador do serviço 192.  A presença de um suspeito em avião ao navio deve ser comunicada pela tripulação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que acionará a Secretaria Estadual de Saúde. Daí serão convocados o Samu e o Huoc.

Tanto as equipes do hospital quanto as do Samu terão que vestir luvas e sobrebotas duplas, coladas com fitas ao macacão. A proteção individual inclui capacete e viseira e deve ser incinerada após o atendimento. A ambulância e o leito serão desinfectados.

" É considerado suspeito procedente, nos últimos 21 dias, de país com transmissão da doença que apresente febre súbita, acompanhada ou não de hemorragia", explicou o médico Demetrius Montenegro, chefe do Isolamento de Doenças Infecciosas do Hospital Oswaldo Cruz.

Arquilles Zacarias Santana, 40 anos, que atuou como paciente na simulação, disse temer o ebola. "Mas sou condutor do Samu e devemos estar preparados para essas situações", observou. 

O médico Leonardo Gomes, coordenador do Samu, explica que a remoção de suspeitos será exclusiva do serviço 192. Trinta kits de proteção individual, segundo ele, já estão na sede do serviço. A máscara disponível pelo SUS é a N-95, a mesma usada na última epidemia de gripe A H1N1.

 

Últimas notícias