Epidemia

Recife aumenta armas ecológicas contra o mosquito da dengue

Além da campanha que apela aos cuidados domésticos, será duplicado o número de aspiradores

Do JC Online
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Publicado em 28/02/2015 às 7:00
Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Além da campanha que apela aos cuidados domésticos, será duplicado o número de aspiradores - FOTO: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Agentes de saúde ambiental do Recife começam a trabalhar neste sábado (28/02) em regime de plantão, para reforçar as ações de controle da epidemia. Longe da época em que os bairros eram tomados pela fumaça tóxica do fumacê, as ações de combate à epidemia de dengue na cidade utiliza larvicida biológico e outros instrumentos que estão sendo ampliados.  Dezoito novos aspiradores de mosquito adulto estão sendo adquiridos para se juntar aos 15 já em uso, informa a Secretaria Municipal de Saúde. As armadilhas chamadas ovitrampas, que ajudam a monitorar a infestação na cidade e eliminam ovos do mosquito, foram triplicadas para mais de dois mil.

“Numa só ovitrampa chegamos a capturar mais de mil ovos do Aedes aegypti”, conta Jurandir Almeida, gerente da Vigilância Ambiental do Recife. Ontem, por exemplo, no laboratório do Centro de Vigilância Ambiental, uma palheta recolhida da Praça Maciel Pinheiro, na Boa Vista, centro do Recife, apresentava concentração nesse nível. A palheta onde as fêmeas do mosquito depositam seus ovos fica presa num recipiente, vaso ou parte de uma garrafa PET, escuro e que contém água com capim triturado, para atrair o inseto. A armadilha é utilizada em pontos estratégicos, inclusive na casa de moradores, de dez localidades. 

No ano passado, quando havia 739 ovitrampas distribuídas, 2,1 milhão de ovos foram removidos do ambiente. Da UR-7, Várzea, foram 384.312 eliminados. Nos últimos dois meses, com 2.050 ovitrampas, mais de 85 mil deixaram de se transformar em mosquito na capital, diminuindo de alguma forma a exposição. Já são quase mil doentes suspeitos na cidade, com uma morte em investigação.

 O inseticida químico é usado em situação especial, em áreas estratégicas. E o carro fumacê, que comunidades e vereadores desinformados ainda pedem, só entra em cena em caso raro, de alta população vetorial.

A jornada extra dos agentes de saúde ambiental vai começar pelos bairros dos distritos sete e oito, os mais atingidos pelo aumento de casos. Dos nove bairros com mais frequência de adoecimento, cinco são do distrito sete, que abrange os morros do Vasco da Gama, Nova Descoberta, Morro da Conceição, Alto José Bonifácio e Passarinho. O distrito oito corresponde à região do Ibura. Segundo Jurandir Almeida, os agentes vão vistoriar imóveis, orientar moradores, coletar amostra de água com larvas do mosquito e observar situações de risco no ambiente, como presença de lixo e de água empoçada. 


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