Saúde

PE ocupa o 2º lugar no Brasil em transplantes de coração e medula óssea

Estado está atrás apenas de São Paulo. No NE, há ainda destaque para transplantes de rim

Da editoria de Cidades
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Publicado em 10/08/2015 às 12:53
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Estado está atrás apenas de São Paulo. No NE, há ainda destaque para transplantes de rim - FOTO: Foto: JC Imagem
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Pernambuco está em segundo lugar no número de transplantes de coração e de medula óssea no Brasil, atrás apenas de São Paulo. A informação é da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), e diz respeito ao primeiro semestre de 2015. “Os números mostram o empenho da Central de Transplantes, equipes de procura de órgãos, comissões intrahospitalares de transplantes, centros transplantadores e da própria sociedade para que as filas de espera por um órgão ou tecido diminuam no Estado”, afirmou a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes.

Entre janeiro e junho de 2015, foram realizados 25 procedimentos de coração em Pernambuco, um aumento de 150% em relação ao mesmo período de 2014, quando foram feitos 10. Durante todo o ano de 2014, foram 25. “Não há nenhum equipamento que possa realizar as funções do coração, por isso a urgência desse tipo de transplante. Neste ano, as equipes dos hospitais estão conseguindo manter o potencial doador com as funções que permitam a doação e conseguindo, nas entrevistas com os familiares, a autorização para efetivar o fato. Esse melhor aproveitamento também tem permitido mais doações múltiplas”, ressalta Noemy.

No caso de medula óssea, foram 111 procedimentos no primeiro semestre, enquanto que em 2014 foram 113. Em todo o ano de 2014 foram 214 transplantes. “Precisamos chamar a atenção da sociedade para o fato de que qualquer pessoa em vida pode ser um potencial doador de medula óssea. Basta se cadastrar no Hemope, onde será retirada uma pequena quantidade de sangue para que sejam feitas as análises. Se houver compatibilidade com um paciente em fila de espera, a doação pode ser feita sem nenhum prejuízo à saúde do doador, que se recupera rapidamente”, afirma a coordenadora.

Outro destaque é no número de transplantes de rim. Pernambuco é o primeiro lugar no Nordeste e sexto do Brasil, com 170 procedimentos, um aumento de 24% em relação ao primeiro semestre de 2014, quando foram computados 137.

ALERTA – A Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) também observou a diminuição na taxa de potenciais doadores por milhão de habitantes e doadores efetivos no Brasil. “A taxa de notificação de potenciais doadores, que foi de 49 pmp em 2014 com previsão para esse ano de 53,5 (aumento de 10%), está sendo frustrada pela taxa obtida de 46,5 pmp. A taxa de efetivação está estagnada em 29%, enquanto que a esperada é de 32%, para obtenção de 17 doadores efetivos pmp nesse ano. Entretanto, a taxa de doadores efetivos obtida foi de apenas 13,4 pmp (21% abaixo da taxa esperada)”, informa o órgão.

“Aqui em Pernambuco, em torno de 56% dos familiares negam a doação dos órgãos do ente querido. A taxa é alta e, por isso, precisamos mostrar à população a importância de se doar órgãos e de salvar vidas, além de tirar as dúvidas e preconceitos, principalmente relacionados ao estado do corpo após o procedimento”, diz Noemy, ressaltando que o corpo do doador é entregue à família íntegro para que sejam realizados os ritos de passagem.

CÓRNEA – Desde 2013 com status de fila zerada de córnea (quando o procedimento é realizado até em 30 dias), Pernambuco pode perder esse título por causa da diminuição das doações este ano. De janeiro a junho deste ano, foram realizados 255 transplantes de córnea. No mesmo período de 2014 foram 346, uma queda de 26%. Atualmente, 185 pessoas estão na fila de espera por uma córnea, 120% a mais do que havia no mesmo período de 2014 (85). No ranking da ABTO, Pernambuco figura em segundo lugar do NE e oitavo no Brasil em número de transplantes de córnea. 

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