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Nos próximos dias, a Fiocruz Pernambuco inicia um estudo para investigar fatores de risco que possam estar relacionados ao aumento expressivo e sem precedentes de microcefalia. À frente das análises, a médica Celina Turchi Martelli, coordenadora da pesquisa, informa que é importante ponderar fatores de origem infecciosa, fatores genéticos e ambientais que possam estar associados à mudança no padrão de ocorrência da malformação.
"Nosso universo será formado por 200 recém-nascidos com microcefalia e mais 400 recém-nascidos sem essa condição. Vamos comparar esses bebês e suas mães para que possamos analisar as características de cada situação", explica Celina, que é pesquisadora visitante do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães - Fiocruz/Pernambuco. Serão analisados bebês nascidos em oito maternidades da Região Metropolitana do Recife.
"A expectativa é que entre seis e oito meses possamos apresentar os resultados desse estudo. Mas antes disso, de dois a três meses, faremos uma primeira análise dos dados", diz Celina,
Além disso, a Fiocruz Pernambuco criou o Serviço de Referência Regional em Arbovírus, que testará semanalmente 30 amostras de soro sanguíneo de pacientes com diagnóstico clínico de zika. O objetivo é confirmar a continuidade da circulação do vírus no Estado.