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O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (4) nota em que diz que está à disposição dos órgãos internacionais desde o início das investigações da relação do vírus Zika com o aumento dos casos de microcefalia no país. Em resposta a afirmações segundo as quais, por causa da burocracia, o Brasil não tem compartilhado dados e amostras suficientes para que outros países investiguem essa relação, o ministério destaca que, desde o início de janeiro, representantes da agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (CDC) estão no Brasil desenvolvendo pesquisas em parceria com técnicos do órgão.
“Nesta quinta-feira (4), encerra-se uma das parcerias com a agência americana, um trabalho de campo que investiga a síndrome de Guillain-Barré e sua relação com o vírus Zika, em Salvador. Do total do material coletado na pesquisa de campo, um terço ficará no Brasil e a outra parte seguirá para os Estados Unidos. A medida já foi submetida à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), que autorizou o envio do material. Cabe ressaltar que o CDC é a referência para a Organização Mundial de Saúde (OMS) em doenças transmissíveis”, diz a nota.
Segundo o Ministério da Saúde, a disposição do governo brasileiro com as autoridades internacionais foi reiterada no último dia 29, quando a presidenta Dilma Rousseff telefonou para o presidente americano, Barack Obama, para discutir maneiras de aprofundar a colaboração no desenvolvimento de uma vacina e no combate ao vírus Zika.
A nota diz ainda que está previsto para o dia 11 deste mês um novo encontro com outra equipe do CDC que virá ao Brasil para discutir protocolos de diagnóstico. Para o dia 20, está prevista uma reunião de alto nível com a participação de representantes do CDC, do National Institutes of Health, da Fundação Oswaldo Cruz, do Instituto Evandro Chagas e do Instituto Butantan para discussão do desenvolvimento da vacina contra o Zika.
De acordo com a pasta da Saúde, ontem (3), em encontro de emergência, com 12 ministros latino-americanos para tratar do combate unificado ao vírus Zika, o ministro Marcelo Castro reiterou a disposição de receber e treinar profissionais dos países interessados para a realização de testes laboratoriais para detecção do vírus.