Aedes aegypt

Ligação entre microcefalia e larvicida é negada e mal interpretada, segundo a Abrasco

Textos compartilhados nas redes sociais divulgavam associação entre os casos de microcefaliae o larvicida

Do JC Online
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Publicado em 15/02/2016 às 18:39
Foto: CHRISTOPHE SIMON / AFP
Textos compartilhados nas redes sociais divulgavam associação entre os casos de microcefaliae o larvicida - FOTO: Foto: CHRISTOPHE SIMON / AFP
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O uso de um larvicida na água para o combate ao Aedes aegypti estaria sendo divulgado como ligação entre os casos de microcefalia no País, nos últimos dias nas redes sociais. A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) nega ligação e afirma ter sido um mal entendido.

Desde o fim da semana passada, reportagens e blogs ambientalistas internacionais atribuíam aos médicos da America do Sul (especificamente da Argentina e Brasil) a afirmação de que a substância pyriproxifen, aprovada pela Anvisa, teria sido a causadora da má-formação em bebês, associada ao zika vírus.

Os textos compartilhados nas redes sociais levaram a reportagens citando o "estudo argentino", na verdade um relatório da Rede Universitária de Ambiente e Saúde (Reduas) – uma associação de médicos e professores universitários contra agrotóxicos – que citava de maneira incorreta uma nota técnica da Abrasco sobre os métodos de combate ao mosquito que transmite o zika.

De acordo com a Abrasco, em nenhum momento a associação afirmou que os pesticidas, larvicidas ou outro produto químico sejam responsáveis pelo aumento do número de casos de microcefalia no Brasil.

O governo do Rio Grande do Sul suspendeu oficialmente o uso do larvicida na água potável, devido ao mal-entendido. 

O Ministério da Saúde afirmou, em nota, que "não existe nenhum estudo epidemiológico que comprove a associação do uso de pyriproxifen e a microcefalia" e que a substância foi aprovada para o uso pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e pela Anvisa.

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