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Alunos das escolas públicas de Pernambuco têm se mobilizado para fortalecer as ações de combate ao Aedes aegypti desde dezembro, quando autoridades passaram a se preocupar com o avanço da tríplice epidemia provocada pelo mosquito e a ver um elo cada vez mais forte entre zika e o avanço dos casos de microcefalia. Esse trabalho ganha mais força amanhã, quando o governo federal realiza mutirão de conscientização nas escolas brasileiras sobre a necessidade de eliminação dos focos do mosquito. A mobilização conta com a participação de todos os ministros e da presidente Dilma.
O roteiro a ser cumprido amanhã por cada autoridade está sendo finalizado, mas se sabe que os ministros serão acompanhados de militares e agentes de saúde ambiental e controle de endemias. A ação está sendo coordenada em conjunto pela Casa Civil e o Ministério da Educação.
“Alunos das escolas públicas estaduais desenvolvem cartazes, panfletos e vídeos alusivos à importância de combater o mosquito. Essa mobilização para motivação da comunidade escolar foi iniciada em dezembro em Pernambuco. E já começamos 2016 com o lançamento do concurso Nossa escola contra o Aedes, que estimula os alunos a produzirem trabalhos que reforçam o enfrentamento ao mosquito”, informa o secretário-executivo de Gestão da Rede da Secretaria de Educação de Pernambuco, João Carlos Charamba. Ele acrescenta que professores e gestores das 16 Gerências Regionais de Educação têm recebido materiais educativos que orientam sobre prevenção da proliferação do mosquito.
“Algumas regionais apresentaram maior adesão à campanha, que tem alcançado cerca de 90% da rede estadual de ensino, formada por 1.049 unidades de ensino”, garante Charamba. A Escola Estadual Professor Fernando Mota, no bairro de Setúbal, Zona Sul do Recife, é uma das que têm cumprido o papel de abraçar a campanha para levar informações aos alunos sobre as formas de enfrentamento do mosquito e identificação das três doenças do Aedes: dengue, chicungunha e zika. “Estamos mobilizando os estudantes, que se empenham na produção de livretos de cordel, cartazes e apresentações com a temática do combate ao mosquito. Além disso, fizemos mutirão de limpeza na escola para mostrar que, para eliminar os focos, não se deve acumular lixo”, diz a gestora da escola, Micheline Lima.
A estudante do 3º ano do ensino médio Samara Silva, 16 anos, reconhece a importância do trabalho de conscientização. “Em sala de aula, todos os professores têm falado sobre a necessidade de combatermos o Aedes. A ação de amanhã é só mais um reforço de um trabalho que deve ser contínuo. Não é brincadeira o que estamos vivendo por causa do mosquito”, relata Samara, que faz parte do grupo que acredita na força da educação para combater um mosquito cujos vírus têm circulado por vários países.
