A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira (19) que deve demorar meses até que se possa dizer com certeza que o vírus da zika provoca microcefalias em recém-nascidos, mas que as provas estão se acumulando.
"Temos hoje um acúmulo crescente de índices em favor desta relação", disse à imprensa Bruce Aylward, diretor-geral adjunto da OMS.
O vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, é suspeito de provocar graves problemas neurológicos tais como a microcefalia (redução do perímetro craniano, prejudicial ao desenvolvimento intelectual) em recém-nascidos e a síndrome de Guillain-Barré, doença neurológica que pode levar a uma paralisia irreversível ou até a morte.
Enquanto não há essa certeza, "o vírus é considerado como culpado até que sua inocência seja provada", disse o número dois da OMS.
O mosquito já transmitiu zika em pelo menos 36 países, dos quais 28 na América do Norte e do Sul, e Aylward informou que o vírus estava se propagando para seis outros países, sem dar mais detalhes.