A cidade de São Paulo já tem seis casos confirmados e outros 21 suspeitos de microcefalia ligados ao vírus da zika, segundo balanço apresentado nesta segunda-feira (14) pela Secretaria Municipal da Saúde. Outros 19 casos notificados inicialmente como a má-formação foram descartados. Os dados se referem ao período de outubro de 2015 a 10 de março.
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Em todos os casos confirmados, as gestantes foram provavelmente infectadas pelo zika fora da capital: três no Nordeste, uma em Indaiatuba e duas em municípios ainda não identificados.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, a Prefeitura fez um convênio com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) para que todos esses bebês sejam acompanhados pelos especialistas da instituição. "Essas crianças serão examinadas para verificar se elas apresentam outras más-formações além da microcefalia", disse.
Ainda de acordo com a secretaria, 111 casos de zika foram notificados na capital neste ano, o dobro de todo o ano passado. Foram confirmados até o momento oito casos importados e um autóctone (de transmissão interna), sete foram descartados e 92 seguem em investigação. Padilha afirmou que a Prefeitura já considera que o vírus da zika está em circulação na capital. "Com a confirmação do primeiro caso autóctone, não há dúvidas de que existam outros", disse.
Dengue
A secretaria também divulgou que de janeiro até meados de fevereiro dobrou o número de casos notificados (suspeitos) de dengue em relação ao mesmo período do ano passado, de 6.007 para 13.092, mas caiu o número de casos confirmados, de 2.280 para 1 983. "Verificamos que a curva ascendente de casos vista em fevereiro de 2015 não foi tão intensa em fevereiro de 2016. Mas o período de pico ainda está por vir, em abril, então a batalha não está ganha", disse Padilha. Uma morte por dengue já foi confirmada neste ano na cidade. A vítima morava no bairro do Tremembé, na zona norte.
Segundo os dados da Prefeitura, a zona leste concentra o maior número de casos de dengue na cidade neste ano. De acordo com o secretário, a falta de água na região é um dos motivos que explicam a alta de casos. Balanço da administração municipal mostrou que os reservatórios de abastecimento de água passaram a ser o principal foco de criadouros do mosquito Aedes aegypti na cidade: passaram de 24,2% em fevereiro de 2015 para 39,9% no mesmo mês deste ano.