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Aumenta risco de infestação do Aedes aegypti no Recife

Segundo levantamento (LIRAa) aponta que a capital aumentou de um para oito bairros com índices acima de 4%

Do JC Online
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Publicado em 05/04/2016 às 20:16
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Segundo levantamento (LIRAa) aponta que a capital aumentou de um para oito bairros com índices acima de 4% - FOTO: Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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O número de bairros com risco muito alto de infestação pelo mosquito que transmite dengue, chicungunha e zika aumentou sensivelmente no Recife. Pulou de uma para oito localidades. A preocupante notícia foi revelada no 2º Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) deste ano, divulgado na noite desta terça-feira (5/4) pela Secretaria de Saúde do Recife. Os oito bairros apresentaram índices de infestação acima de 4% para cada grupo de 100 domicílios das localidades. De forma geral, o LIRAa da capital passou de 1,01% para 1,68%. 

Bairros de classe média, com bons IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) e que não apareciam na lista negra, passaram a integrá-la: Apipucos e Monteiro, vizinhos na Zona Norte do Recife, com índices de 4,4% cada um. Ou seja, significa dizer que para cada 100 domicílios do bairro, 4,4% têm focos do Aedes aegypti. Localidades da periferia, entretanto, continuam predominando na relação: Alto José Bonifácio (6%), Cohab (5,3%), Brejo da Guabiraba (5,1%), Jordão (5,1%), Nova Descoberta (5,1%), Estância (4,2%).

Alto José Bonifácio lidera ranking de infestação no Recife

O bairro do Alto José Bonifácio, também na Zona Norte e o único que apresentou risco muito alto de infestação no 1º LIRAa, continua liderando a lista. O bairro vem recebendo diversas ações educativas e de enfrentamento aos focos do mosquito, mas mesmo assim o índice não baixou. Apesar do quadro preocupante, a Vigilância Sanitária do Recife não demonstrou surpresa com os dados do novo levantamento.

“Estamos em alerta e o LIRAa é um norteador das nossas ações, sem dúvida, mas de forma geral o Recife ainda está com um percentual de risco médio. São oito bairros com risco muito alto de um total de 94. Esse diagnóstico do LIRAa era esperado por causa do período. O aumento de casos estava previsto porque no segundo semestre do ano (assim como no primeiro) as chuvas aumentam e, com elas, os focos”, explica a secretária executiva de Vigilância Sanitária do Recife, Cristiane Penaforte.


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