Um encontro com representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) discute a resposta ao zika no Recife, nesta quinta (14) e sexta-feira (15), em hotel de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade. A Sala de Situação, Ação e Articulação sobre Direitos de Grupos em Situação de Vulnerabilidade também reúne representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Ministério da Saúde, Secretaria de Saúde do Estado e redes e organizações de mulheres e de direitos humanos.
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Esta é a segunda edição do Sala de Situação e vai dar seguimento à análise conjunta que foi feita pela primeira vez em março, em Brasília. O encontro também serve para compartilhar o que está sendo realizado pela ONU, governo e sociedade civil para responder aos desafios no enfrentamento ao vírus e vai permitir a definição e o acompanhamento de ações conjuntas e advocacy por medidas que garantam o empoderamento e a autonomia das mulheres, principalmente as que desejam adiar a gravidez por conta dos riscos do vírus.
Para a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, o momento é importante por estabelecer um diálogo direto com as mulheres, familiares e profissionais de saúde onde estão concentrados os casos de zika, chikungunha e dengue. "Reconhecer o protagonismo das mulheres e suas organizações é essencial para garantir uma resposta integral à epidemia. Em situações de crises sanitária e humanitária, as mulheres precisam sair mais fortalecidas e não ter os seus direitos ameaçados nem invalidados”, disse.
Pernambuco foi o estado escolhido para sediar o encontro porque é o local que apresenta o maior número de casos notificados de microcefalia. Segundo o último Boletim Epidemiológico divulgado na terça-feira (12) pelo Ministério da Saúde, Pernambuco apresenta 1849 notificações, das quais 312 foram confirmadas como casos de microcefalia e/ou malformações relacionadas à infecção congênita, 664 foram descartados e 873 continuam sob investigação.