Várias grávidas que procuraram a Maternidade Bandeira Filho, localizada no bairro de Afogados, Zona Oeste do Recife, nesta sexta-feira (27), precisaram aguardar por horas atendimento médico na unidade. O marido de uma delas, o técnico de fibra ótica Antônio Pereira da Silva Neto, 25 anos, denuncia que desde as 8h a esposa, Vanessa Silva do Nascimento, 23, esperava ser internada, mas que nenhum médico a examinou até as 21h30.
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"Nós chegamos aqui pela manhã, mas ninguém atendeu a minha esposa. Ela está com mais de 41 semanas de gestação e em trabalho de parto, sentindo muita dor. Depois das 13h, deixamos, inclusive, de ver os médicos. Até na recepção não tem ninguém", explicou Antônio.
Ainda de acordo com Antônio, as pessoas que estão aguardando chegaram a procurar a assistente social da maternidade, mas a profissional afirmou que nada poderia fazer pelas mulheres. "A assistente social disse que só um médico poderia fazer algo, mas não disse se tinha alguém de plantão nem quando atenderiam as gestantes", disse.
Conforme informações repassadas pela assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Recife, a direção da unidade afirmou que dois recepcionistas trabalham nesta noite na Maternidade Bandeira Filho. Além disso, o hospital afirma que os dois obstetras escalados para o plantão estão trabalhando normalmente, mas que hoje a demanda no hospital foi maior que o habitual, com 20 gestantes em espera por volta das 21h.
A causa do número maior de esperas, segundo a Secretaria de Saúde, seria a quantidade acima do normal de cesarianas realizadas nesta sexta na maternidade, procedimento mais complexo e, por isso, mais demorado. A direção da Barros Lima, entretanto, negou que existam gestantes que chegaram pela manhã aguardando atendimento, afirmando que todas as mulheres que estão esperando chegaram no local à tarde.
Após o contato do JC com a Secretaria de Saúde, Vanessa Silva foi atendida na unidade hospitalar.