Chegou o mês em que todo o mundo une forças para levar mensagens que alertam sobre prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, doença que corresponde a 28% dos casos novos entre todos os tipos de tumores que devem acometer as mulheres este ano, quando 57.960 brasileiras (2.550 delas em Pernambuco) devem receber o diagnóstico da enfermidade. Para mudar esse cenário, o movimento Outubro Rosa deste ano compartilha um recado valioso: alimentação saudável e prática de atividade física regularmente são fundamentais para deter o câncer de mama, cujas chances de cura chegam a 90% com o diagnóstico precoce.
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“Evidências científicas revelam que o exercício, por eliminar radicais livres, oferece uma proteção de 15% a 25% em relação ao aparecimento do câncer de mama”, informa o médico Marcos Antônio Araújo Almeida, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia/Regional Pernambuco (SBM/PE). Inspirada no tema A vida pede atitude. Movimente-se: faça mamografia anualmente, a mobilização da SBM tem como meta multiplicar um achado de estudo recente feito por médicos da entidade: o risco de ter câncer de mama aumenta consideravelmente em mulheres nos períodos pré e pós-menopausa que têm excesso de gordura corporal, especialmente na região abdominal.
“Mulheres que se exercitam combatem o sobrepeso e a obesidade, que são fatores de risco para a doença, especialmente na pós-menopausa. Além disso, a prática da atividade física é importante durante o tratamento do câncer de mama porque ajuda a mulher a ter disposição e a lidar melhor com os efeitos colaterais”, salienta Marcos Antônio.
EXEMPLO
As observações do médico ganham força com o depoimento da publicitária e empresária Carol Pessoa de Mello, 38 anos, que desconfiou do tumor na mama durante um autoexame feito em outubro de 2012. A confirmação do diagnóstico de câncer veio em seguida, após a realização de exames. “Passei por sessões de quimioterapia, fiz a quadrantectomia (retirada de uma parte da mama) e a radioterapia. Durante todo o tratamento, que vivenciei com muita naturalidade, não deixei de treinar. Exercício físico significa vida para mim”, conta Carol.
Hoje ela está em tratamento da metástase óssea do câncer de mama. “No primeiro tratamento para a doença, engordei 15 quilos, mas já eliminei. Se não estivesse treinando, teria engordado mais ainda. Agora, a cada 28 dias, faço quimioterapia. Diariamente, tomo uma medicação oral e, a cada três meses, recebo aplicação de uma injeção, que é um bloqueador hormonal. Continuo praticando exercícios”, acrescenta Carol, que levanta a bandeira de que a atividade física é uma arma e tanto para afastar os males e ajudar a vencer o câncer.