DOAÇÃO

Hospitais pernambucanos ganham suprimentos de organização dos EUA

Imip foi o primeiro a receber o material doado pela Protect Cure, segundo contêiner está previsto para o dia 24 de junho

JC Online
Cadastrado por
JC Online
Publicado em 09/06/2018 às 17:54
Divulgação
Imip foi o primeiro a receber o material doado pela Protect Cure, segundo contêiner está previsto para o dia 24 de junho - FOTO: Divulgação
Leitura:

O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) é o primeiro dos quatro hospitais pernambucanos selecionados em 2017 pela Project Cure a receber os suprimentos enviados pela organização norte-americana. O Hospital do Câncer, o Hospital da Restauração e o Hospital Dom Helder também serão contemplados pela iniciativa. A chegada de um segundo contêiner está prevista para o dia 24 de junho.

A Project Cure foi criada com a missão de auxiliar o atendimento médico através de doações de equipamentos e suprimentos para países em desenvolvimento. O material entregue na sexta-feira (8/6) já passou pela fiscalização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ainda contemplará outro hospital.

"Destas primeiras doações, 50% ficam com o Imip e a Secretaria de Saúde recebe a outra parte, que ela deve destinar para o Hospital Dom Helder ou o Hospital da Restauração. O presidente da Project Cure, Douglas Jackson, esteve em quatro hospitais pernambucanos e é uma exigência deles que as doações sigam para os locais que ele visitou", explica o urologista Guilherme Maia, médico voluntário que atuará junto ao Imip.

"A Project Cure doa todo tipo de material médico hospitalar, menos medicamentos. Entre os insumos há material de esterilização, gases e seringas, por exemplo. Nesse primeiro contêiner havia cerca de 760 caixas de itens básicos. Como nessa doação há todo tipo de material, o hospital pode salvar o dinheiro que usaria para comprar esses itens e investir em outros", continua Guilherme Maia. 

"Há 30 anos eles organizaram a primeira doação no Brasil e não conseguiam fazer mais por questões burocráticas. Não há limites para a quantidade de contêineres que eles podem doar. Provando que os materiais estão sendo bem utilizados, eles disseram que podem doar até quando for necessário. Acho que vai abrir portas. Espero que a iniciativa inspire outras ONG e outras pessoas a fazer isso. A doação veio em um momento muito bom para os hospitais, por essa crise na saúde pela qual Pernambuco passa", conclui o urologista.

Reunião

As negociações para a doação da Project Cure aos hospitais pernambucanos começaram em 2017, com iniciativa do empreendedor Marcos Roberto Dubeux. Participaram da reunião com o governador Paulo Câmara a representante da Universidade de Northwestern Cynthia Garbut; o CEO da Project Cure, Douglas Jackson; o secretário de Saúde de Pernambuco, José Iran Costa Júnior; o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral; o secretário de Saúde do município, José Carlos de Lima; e o urologista Guilherme Maia.

Project Cure

Na época em que fundou a Project Cure, em 1987, James Jackson trabalhava como consultor econômico internacional. A ideia surgiu durante uma visita dele a uma pequena clínica próxima ao Rio de Janeiro, onde a falta de suprimentos médicos básicos impedia o atendimento de vários pacientes.

James Jackson reuniu amigos da indústria médica ao voltar para casa, no Colorado, e conseguiu arrecadar 250 mil dólares em suprimentos médicos. O envio da primeira doação ao Brasil, divulga a Project Cure, foi custeada pelo próprio fundador.

A organização registra o auxílio a 130 países em 30 anos de atuação. Desde 1997, Douglas Jackson, filho de James, é o presidente e CEO da Project Cure.

Últimas notícias