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Secretaria de Saúde do Recife investiga óbito após suposto consumo de ostra

Nas redes sociais, circula o caso de um homem que morreu em um hospital após supostamente ter consumido ostras na cidade

JC Online
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Publicado em 26/12/2019 às 20:56
Foto: Patrícia Alexandre/Pixabay
Nas redes sociais, circula o caso de um homem que morreu em um hospital após supostamente ter consumido ostras na cidade - FOTO: Foto: Patrícia Alexandre/Pixabay
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Atualizada às 21h19

Começou a circular nas redes sociais, na manhã desta quinta-feira (26), o caso de um homem que morreu em um hospital particular após supostamente ter consumido ostras no Recife. O Jornal do Commercio entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Recife e recebeu a seguinte resposta: "A Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife recebeu, no dia 25, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs Recife), notificação de caso por intoxicação após o consumo de ostras. Hoje (26), a Sesau recebeu notificação do óbito suspeito por intoxicação exógena". Ao ser questionado se seria aberta investigação, o órgão respondeu que "a investigação começa a partir do recebimento da notificação do óbito".

A Secretaria de Saúde não pode divulgar nome ou idade da vítima. Sobre o local em que ocorreu o consumo, a secretaria informou que não tinha como confirmar. O hospital particular onde a pessoa estava internada, a pedido da família, mantém sigilo sobre o caso.

Recomendações para consumo de frutos do mar

De acordo com as recomendações da Secretaria de Saúde, ostras e outros frutos do mar como lagosta, camarão, lula e polvo devem ser expostos, preferencialmente, em caixas térmicas com gelo, refrigerados em temperatura de 2° a 3° C. Também admite-se a exposição em bandejas plásticas cobertas com bastante gelo.

Em entrevista à TV Jornal, o médico infectologista Filipe Prohaska falou sobre algumas bactérias que podem se proliferar nas ostras quando o alimento estiver fora das condições ideais de conservação. "A ostra serve como um grande filtro dentro do mar. Ao retirar do mar e consumir, você pode consumir bactérias que vêm junto. Quanto mais tempo a ostra estiver fora do mar, quanto mais tempo estiver descongelada, ela vai apodrecendo. Com isso, tem a proliferação de bactérias, que podem ser das mais simples como a Escherichia coli que, tipicamente, provoca diarreia e poucos sintomas clínicos, podem ser Aeromonas, um quadro mais grave, e casos de Vibrião. Vibrio é uma bactéria que tem um início bastante fugaz, é rápida e mortal", explicou.

O infectologista também destacou que, antes de consumir os frutos do mar, é imprescindível procurar saber sempre de onde veio e como foi preparado o alimento. "Você tem que saber duas coisas: a origem e o condicionamento. O fruto do mar tem que ser bem guardado, bem limpo e bem preparado até seu consumo final. A partir do momento em que não foi bem condicionado, já pode produzir bactérias e toxinas. Desde a pesca e a guarda ao preparo e entrega, todos os passos são determinantes para uma infecção", afirmou.

Sintomas de intoxicação

Segundo o médico, dos principais sintomas da intoxicação, a diarreia é o primeiro. "A diarreia é o primeiro sintoma, porém, quando tem sinais de fadiga, rebaixamento do nível de consciência, sonolência, desidratação, boca seca, olhos fundos é sinal de gravidade Aí, há necessidade de procura imediata de um serviço de saúde", disse.

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