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'Não há risco maior no Carnaval', diz médico pernambucano diretor da OMS sobre coronavírus

O médico explica que ainda não houve transmissão confirmada no Brasil, apenas suspeitas isoladas de pessoas que vieram da China

Katarina Moraes
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Katarina Moraes
Publicado em 30/01/2020 às 9:02
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FOTO: SONNY TUMBELAKA / AFP
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O médico sanitarista e epidemiologista pernambucano Jarbas Barbosa afirmou que ‘não há risco maior’ de transmissão do coronavírus no Carnaval 'do que em qualquer outra situação', em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta quinta-feira (30).

A doença, que já matou 170 pessoas na China, vem assustando os foliões, já que a festa de momo concentra um grande número de pessoas, o que poderia facilitar a proliferação de doenças.

No entanto, o diretor-assistente da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço regional nas Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), agência especializada em saúde pública da Organização das Nações Unidas (ONU), explica que ainda não houve transmissão confirmada no Brasil, apenas suspeitas de pessoas que vieram da China, todas já hospitalizadas em áreas de isolamento

"No momento atual, nós só temos transmissão ocorrendo na China. Os casos que nós temos em outros países são importados, de pessoa que vieram dessas áreas da China, apresentaram a doença, estão hospitalizadas e em áreas de isolamento para não transmitir a doença. Não há um risco maior no Carnaval do que em qualquer outra situação. O que tem sido feito é evitar que pessoas da China com sintomas da doença viajem para outros países", afirmou Jarbas"

Ouça a íntegra da entrevista

Quando perguntado sobre a capacidade de disseminação do vírus, Jarbas disse que cada pessoa tem capacidade de transmitir o vírus para em media duas ou três pessoas, mas em algumas vezes há o 'super disseminador', que transmite para mais pessoas, por ter tido contato próximo com muita gente.

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Turistas chineses em Dempassar, na Indonésia - SONNY TUMBELAKA / AFP
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Pedestres usam máscaras durante feriado do Ano Novo Chinês, em Hong Kong - ANTHONY WALLACE / AFP
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Turistas chineses em Dempassar, na Indonésia - SONNY TUMBELAKA / AFP
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Casal usando máscaras no metrô de Hong Kong, na China - Anthony WALLACE / AFP
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Passageiros usando máscaras aguardam por trem na plataforma em Hong Kong - Anthony WALLACE / AFP
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Passageiros usando máscaras viajam em trem durante feriado de Ano Novo Chinês - Anthony WALLACE / AFP
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Homem usando máscaras sentado em um banco enquanto aguarda por trem - Anthony WALLACE / AFP
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Turista chinês usa máscara para se proteger do coronavírus em Dempanssar, na Indonésia - SONNY TUMBELAKA / AFP
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Passageiros usando máscaras aguardam por trem na plataforma em Hong Kong - Anthony WALLACE / AFP

Como se proteger

O médico afirma que a maioria dos casos registrados de coronavírus são leves, e apenas 20% dos infectados necessitam de hospitalização.

A doença respiratória é transmitida, principalmente, pelas gotículas que saem na tosse e espirro. Portanto, ele indica lavar as mãos e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável ou com braço, porque proteger com a mão facilita a transmissão. Além disso, deve evitar "contato com pessoas que estão doentes".

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Comitê de Emergência

Às 11h desta quinta-feira, o diretor geral da OMS reunirá um comitê de emergência para analisar o risco de transmissão e avaliar se há necessidade de decretar o surto uma emergência de saúde publica de interesse internacional, título concedido se há risco de transmissão para todos os países e necessidade de demonstrar que a China precisa de uma coordenação internacional.

Por enquanto, a OMS considera que a China e países vizinhos estão em situação de alto risco, mas o resto do mundo ainda é enquadrado apenas como situação de risco. Porém, Barbosa alerta que 'a possibilidade de chegar um viajante infectado é real para qualquer pais do mundo, por isso que todos eles precisam estar preparados'.

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Mapa de países com pessoas infectados pelo vírus

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