A construção de um espetáculo que “analisa o fenômeno social da miséria e da fome em todas as suas contradições e consequências, com o objetivo de desnaturalizá-lo e problematizá-lo como uma criação humana” une a Cia. Duas de Criação e o Coletivo Joanas Incendeiam (SP). Os grupos trabalham atualmente na montagem da peça Homens e caranguejos, inspirada no romance homônimo de Josué de Castro e em histórias reais. A estreia da peça está prevista para o mês de maio, no Teatro da Unesp, em São Paulo. Depois ela também deve ser encenada no Recife.
"A gente começou o processo através da minha dissertação, as meninas entraram em contato comigo no início de 2010 perguntando se havia interesse em fazer um trabalho com elas em cima do Homens e caranguejos. Fiquei superinteressada", lembra a diretora Luciana Lyra.
As meninas citadas por ela são as atrizes que formam o Coletivo Joanas Incendeiam: Beatriz Marsiglia, Camila Andrade, Juliana Mado e Letícia Leonardi, que formam o elenco do espetáculo e colaboram na criação da dramaturgia da peça. A Cia. Duas de Criação é dirigida por Luciana e Viviane Madu, pernambucanas que transitam entre Recife e São Paulo.
"Primeiro fizemos pesquisas sobre a obra de Josué de Castro e fiz uma proposta a elas. Eu queria continuar minha pesquisa, que de alguma maneira mistura antropologia com arte. Não me interessava muito adaptar o livro, queria que a gente criasse uma ficção, uma mistura do que está no romance com comunidades atuais. O Josué conta o livro todo em cima de uma comunidade ficcional que ele chama de Aldeia Teimosa", afirma Luciana.
A matéria completa está no Caderno C desta quarta-feira (8/2), no Jornal do Commercio.
