Como parte das comemorações de seus 20 anos de trajetória, o Grupo Experimental de dança contemporânea, dirigido pela bailarina e coreógrafa Mônica Lira, está em turnê pelo Brasil, por onde se apresenta em importantes festivais de artes cênicas nacionais. Nessas viagens, a companhia representa Pernambuco em eventos em Londrina, Porto Alegre e São Paulo, encenando quatro trabalhos do seu repertório e já estuda uma nova montagem.
“No último final de semana, nos apresentamos no Festival Internacional de Londrina e agora estamos indo para o Porto Alegre em Cena e, em seguida, para São Paulo (Sesc Taubaté)”, diz Mônica Lira, em entrevista por telefone. “Estamos fazendo um painel de nossa produções destes 20 anos de grupo. As apresentações são parte das comemorações do Experimental, que a gente fez uma temporada no Recife, no final de 2013.”
O Experimental encena seus quatro principais trabalhos: Eye to eye (1993), de Marcelo Pereira; Barro-Macaxeira (2001), trabalho coletivo de Mônica Lira, Lilli Rocha e Valéria Vicente; Nada muito sério (1995), de Luiz Roberto; e Lúmen (2002), de criação da própria diretora. A escolha dessas obras simboliza os encontros, exemplifica as parcerias artísticas que fizeram parte do percurso do Grupo Experimental.
Para Mônica, é uma oportunidade ímpar para a trajetória da companhia. O projeto de remontagem dos trabalhos terminou por ganhar uma circulação Brasil afora e pelo exterior. “Foi um projeto muito pessoal. A ideia era trazer os primeiros coreógrafos que colaboraram com o grupo. Pessoas amigas. Não achávamos que o projeto ia circular, mas surgiram esses convites, e estamos muito felizes”, comenta. “O que é importante destacara é que Tanto o Festival de Londrina quanto o de Porto Alegre têm perfil mais de teatro do que dança. E ainda assim fomos convidados.”
O Experimental atualmente também trabalha na criação de novos projetos. A equipe desenvolve uma pesquisa sobre as referências que as pessoas adquirem no corpo a partir da vivência social. “A gente quer estudar esse paralelo e as reações na nossa linguagem de dança profissional”, afirma a coreógrafa. Outro projeto, que aguarda a aprovação do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), é o espetáculo Pontilhados, última parte da trilogia sobre o Bairro do Recife.
