Coreógrafo

Francês James Carlès participa do projeto Segundas Culturais

Iniciativa ocorre segunda-feira (29), Dia Internacional da Dança, no Teatro RioMar

Márcio Bastos
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Márcio Bastos
Publicado em 26/04/2019 às 18:12
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Iniciativa ocorre segunda-feira (29), Dia Internacional da Dança, no Teatro RioMar - FOTO: Divulgação
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Psaumes #2 - Happi, La Tristesse du Roi, espetáculo do bailarino e coreógrafo francês James Carlès, é apresentado segunda-feira (29), Dia Internacional da Dança, às 19h30, no Teatro RioMar. A montagem inaugura o projeto Segundas Culturais, que ocupará o teatro do shopping uma vez por mês com atrações de artes cênicas e música.

O espaço dedicado às artes cênicas no calendário cultural em geral está reduzido a apresentações de quintas a domingo. Mas, nem sempre foi assim: em décadas passadas, havia sessões praticamente todos os dias da semana, como ocorre com o cinema.

Foi com o intuito de retomar esse hábito e fomentar o mercado local que a Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), o RioMar e a TV Globo conceberam o Segundas Culturais, que tem produção-executiva da Fervo. A programação será revelada aos poucos, mas já há atrações delineadas para os próximos meses.

Responsável por abrir o projeto, James Carlès é conhecido por seu processo artístico que preza pela investigação e do corpo a partir da diáspora africana, temas com os quais trabalha há quase três décadas e que permeiam as 50 montagens da companhia que leva seu nome.

CORPO E MEMÓRIA

Ainda dentro de sua preocupação com o pensamento afrocentrado, o artista fundou há 20 anos o festival Danças e Continentes Negros, no qual divulgação e mediação sua pesquisa e também troca com coletivos de outros países.

A articulação para trazê-lo ao Recife, como parte de sua primeira turnê no País, contou com apoio do Instituto Francês do Brasil/Consulado geral de França para o Nordeste, Museu de Artes Afro-Brasil e Secult-Fundarpe.

O artista apresenta Happi, La Tristesse Du Roi (A Tristeza do Rei), a segunda parte da trilogia Psaumes. O trabalho é desenvolvido a partir do tema do sagrado e suas configurações no corpo e na sociedade atual.

O artista contou em entrevista ao JC que o método de construção do trabalho partiu de um encontro com os membros do projeto, como uma espécie de entrevista. Esse processo foi filmado e, posteriormente, James começou a improvisar com o intuito de experimentar como os temas se transformavam em movimentos.

Outro aspecto que o artista ressalta no trabalho é a memória, que vem associada a questões identitárias, e como criar um processo artístico universal. Ele, inclusive, irá compartilhar seu método de trabalho em uma master class, amanhã, às 10h, no Museu de Artes Afro-Brasileira – Mua

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