À beira das águas que emolduram o centro histórico do Recife, o mesmo Armazém 11 que por anos deu à região um clima estranho de abandono agora reabre sua portas, desta vez moderno. O local onde se estocava açúcar no passado se transformou no Centro de Artesanato de Pernambuco (Cape), que enfim ficou pronto, depois de três anos de reforma e seis meses de atraso e é entregue à população e aos turistas nesta terça (25), a partir das 16h.
O centro, considerado o maior do segmento no Brasil, tem um acervo de 16 mil peças, de 500 artesãos, entre trabalhos feitos com couro, madeira, cerâmica, barro, além de produtos têxtil. No espaço, mestres tradicionais como Dila, Ana das Carrancas, J. Borges e Manoel Eudócio dialogam com trabalhos mais contemporâneos que bebem da fonte da cultura popular.
Todo o acervo está à venda. As peça custam de R$ 1 a R$ 3 mil, divididas entre as seções mestres, suvenires, artesanato contemporâneo, cestaria, têxtil, trabalhos manuais e brinquedos populares. O centro faz parte de um complexo cultural que está sendo erguido na área portuária do Recife. No dia 13 de dezembro, por exemplo, a expectativa do governo é abrir o Cais do Sertão Luiz Gonzaga.
EXPOSIÇÃO - Na inauguração do Centro de Artesanato de Pernambuco acontece também a abertura de uma exposição temporária na galeria de artes, coordenada por Márcio Almeida, da Secretaria de Cultura do Estado. Tradição/Tradução, aberta até 25 de novembro, reúne obras dos artistas plásticos contemporâneos Marcelo
Silveira, Cristina Machado, Joelson e Derlon Almeida.
Leia matéria completa no Caderno C desta terça (25).