No Projeto Extensão Visual, alunos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) são convidados a estabelecer um diálogo com as exposições que acontecem na Sala Recife, a partir de conexões entre as obras ou através de textos críticos. Fábio Santana e Marie Carangi participaram da experiência em uma edição relacionada à mostra de Guilherme Dable (RS) e as obras da dupla podem ser vistas na Sala Recife, a partir desta quarta-feira (10/4). Às 19h, são inauguradas as exposições Mapas e Entropias dissidentes.
Em Latentes, que entrou em cartaz na Sala Recife no mês de fevereiro, Guilherme Dable reuniu alguns de seus "fragmentos de paisagens". As obras de Fábio Santana, aluno do mestrado em Artes Visuais da UFPE, trazem fragmentos do corpo humano. "Quando eu estava experimentando a pintura, comecei a pintar pessoas. O que me interessava era como a silhueta do corpo se apresenta perante o espaço. A partir disso, fui pesquisando de que maneiras este corpo poderia ficar impresso. Tirava uma linha daqui, acrescentava outra ali. Como eu trabalho com a pintura no chão, e não no cavalete, esta vista superior remete ao corpo como um mapa. A princípio parece abstração, mas tem muita figuração ali", afirma o artista.
Marie Carangi é aluna do curso de Arquitetura e Urbanismo. Ela reúne desenhos, aquarelas e gravuras na mostra Entropias dissidentes. "Acho que de semelhanças (entre a obra dela e a de Guilherme) tem essa coisa de estudo gráfico dos materiais, de juntar aplicações diferentes, usar técnicas mistas. E ele fala algo sobre novas leituras de paisagens, acho que de alguma forma meu trabalho tem isso também, uma nova leitura de espaços", afirma Marie.
A matéria completa está no Caderno C desta quarta-feira (10/4), no Jornal do Commercio.