A história começa com a dor de um pai que perde o filho. O homem que mais amou Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, expoente da Revolução Pernambucana (1817), aparece sob traços meticulosos e sombreados e chora o destino do herdeiro. A obra A morte e a morte de Frei Caneca: Filhos de Marte (Tomo I) revisita a história do pernambucano e a insere no universo HQ. O livro do roteirista e historiador Rodrigo Acioli Peixoto e dos ilustradores Diogo Luna, Mateus Simon e Tiago Acioli tem lançamento hoje, no Forte das Cinco Pontas (onde o Frei foi fuzilado há 188 anos), às 19h21.
A obra, em edição de luxo, é uma novela gráfica que mistura verdade e ficção. Os acontecimentos resgatados em pesquisas históricas fundem-se à subjetividade dos autores.
Além dos três ilustradores principais, Raoni Assis, Phillippe Razeira, Pamella Araújo, Luiz Ribeiro, Toni Braga e Elio Borba foram convidados para o projeto, financiado pelo Funcultura e em parceria com o coletivo Fabrica-Si: Artes & Delírios e a Livrinho de Papel Finíssimo. O que faz da obra uma compilação de interpretações. A melhor notícia é que a reunião de olhares resultou em páginas harmoniosas, feitas para apreciar com demora.
A possível história de amor entre Frei Caneca e uma mulher chamada Marília ganha vida nas páginas pretas e brancas. Para corroborar a tese, trechos poéticos escritos pelo revolucionário são transcritos no livro: “Entre Marília e a pátria coloquei meu coração”, diz um deles. “Marília talvez não fosse Marília. Há algumas interpretações que dizem que ela talvez seja uma referência a Maria. Muitos historiadores acreditam que era uma mulher mesmo e ele colocou um nome poético para poupá-la, fazendo homenagem a Marília de Dirceu. Em vez de mostrar a poesia como metáfora, a gente decidiu encarná-la”, lembra Rodrigo.
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