Parte da coleção de gravuras da Fundação Biblioteca Nacional ficará no Recife por alguns meses. As 144 obras foram selecionadas entre os 30 mil trabalhos do acervo com a curadoria de Fernanda Terra. Elas compõem a exposição Mestres da gravura, inaugurada nesta quinta-feira (20/11), às 19h, no Instituto Ricardo Brennand (IRB). A mostra faz parte do 1º Simpósio Internacional Coleções e Colecionismo: Práticas e Narrativas na Contemporaneidade, promovido no mesmo local este fim de semana.
"Ao ter acesso ao acervo e aos trabalhos nos anais da biblioteca percebi determinados recortes que já estavam feitos, conjuntos por gravadores, por escolas. Comecei a vislumbrar a organização de coleções regionais. Foi assim que surgiu a primeira ideia de separar as obras dos gravadores por região, com obras representativas de cada uma", esclarece Fernanda sobre o início da pesquisa no vasto acervo.
Albrecht Dürer (Alemanha), Rembrandt (Holanda), Jacques Callot (França), Francisco de Goya (Espanha) e William Hogarth (Inglaterra) são alguns dos 64 artistas representados na mostra. As criações estão distribuídas entre os núcleos alemão, espanhol, flamengo, francês,holandês, inglês, italiano e português. "O período de criação das gravuras vai do século 15 até o final do século 18. As pessoas podem ver a evolução das técnicas das gravuras. Organizamos as obras por ordem cronológica de acordo com o nascimento dos gravadores", explica Fernanda.
"Cada coleção desta tem um destaque. Por exemplo: na alemã temos Dürer, um dos maiores gravadores de todos os tempos. A gente tem aqui a série sobre o Apocalipse. São gravuras feitas com o entalhe na madeira, a técnica da xilogravura. O Apocalipse é uma das mais belas que você encontra na face da Terra. Ele grava na madeira de um jeito que parece metal, mas não é", celebra a curadora.
O texto completo está no Caderno C desta quinta-feira (20/11), no Jornal do Commercio.
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