CELESTE E TERRENO

Fundaj exibe três vídeos de Pablo Lobato em exposição em Casa Forte

Mostra do artista visual mineiro, Profanações, permanece até o início de outubro na Galeria Massangana

Do JC Online
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Publicado em 12/09/2015 às 6:42
Pablo Lobato/Divulgação
FOTO: Pablo Lobato/Divulgação
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A exposição Profanações, inaugurada neste sábado (12/9), das 15h às 18h, na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) de Casa Forte, apresenta três vídeos do artista Pablo Lobato (MG): Bronze Revirado (2011), Folia (2012/2015) e Corda (2014). Em texto escrito para a exposição, Moacir diz que essas "profanações" não provocam um embate aberto entre celeste e terreno, religião e cotidiano, mas "escavam e afirmam a humanidade em meio ao que é tido como divino - ainda que a intenção dos protagonistas das cenas que filma não seja enunciada discursivamente".

A locação de Bronze Revirado é o campanário de uma igreja no interior de Minas Gerais. O corte vertical da imagem permite ver apenas a abertura na qual está o sino. Após um tempo imóvel, o pesado sino começa a ser movimentado. Primeiro, por um homem que se debruça na janela e se inclina para o lado de fora da igreja. Depois, por duplas que se alternam em uma coreografia. A movimentação rápida e o som criam um efeito hipnótico.

Pablo Lobato/Divulgação
Cena de Corda (2014) - Pablo Lobato/Divulgação
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Cena de Corda (2014) - Pablo Lobato/Divulgação
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Cena de Corda (2014) - Pablo Lobato/Divulgação
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Cena de Folia (2012/2015) - Pablo Lobato/Divulgação
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Cena de Folia (2012/2015) - Pablo Lobato/Divulgação
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Cena de Folia (2012/2015) - Pablo Lobato/Divulgação
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Cena de Bronze Revirado (2011) - Pablo Lobato/Divulgação
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Cena de Bronze Revirado (2011) - Pablo Lobato/Divulgação
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Cena de Bronze Revirado (2011) - Pablo Lobato/Divulgação

 

Em outra cidade mineira, Bom Despacho, Pablo filmou as imagens com as quais constrói Folia. O artista trabalha com a figura mascarada da Folia de Reis, o Bastião, e os músicos que tocam instrumentos como viola, sanfona e caixa. Também filma a entrada dos foliões nas casas da cidade para, em seguida, focar a atenção no canto dos participantes. Entre as vozes, ecoa um lamento - "Como se folia fosse festa e louvor mas igualmente desregulação e loucura, como sugere a etimologia da palavra", interpreta Moacir.

As imagens de Corda foram captadas durante o Círio de Nazaré. A procissão reúne milhares de pessoas em Belém (PA). As cenas que traduzem o esforço físico dos participantes são alternadas com as de pernas e pés se movendo em passos ritmados e com as de algumas pessoas disputando pedaços da corda como relíquias. "Captura sintética da dinâmica paradoxal da festa, o trabalho se faz da aproximação entre esses dois diferentes fluxos de gente que dão forma à procissão: um linear, regido pela condição íntegra da corda, e outro, caótico, correspondente aos momentos que ela sofre um corte", diz Moacir.

O texto completo está no Caderno C deste sábado (12/9), no Jornal do Commercio. Clique para assistir a prévias dos vídeos exibidos em Profanações: Bronze Revirado (2011), Folia (2012/2015) e Corda (2014)

 

 

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