Arte

Banksy admite que pretendia total autodestruição de obra leiloada

Ao ser arremata por de 1,042 milhão de libras, obra foi parcialmente destruída

AFP
Cadastrado por
AFP
Publicado em 20/10/2018 às 13:48
Foto: AFP
Ao ser arremata por de 1,042 milhão de libras, obra foi parcialmente destruída - FOTO: Foto: AFP
Leitura:

O artista britânico Banksy reconheceu que seu último golpe de efeito, a autodestruição de uma obra após ter sido arrematada por um milhão de libras, não aconteceu exatamente como havia previsto.

O artista de rua causou euforia em 5 de outubro, quando fez com que uma obra sua ficasse parcialmente rasgada instantes depois de ter sido arrematada na casa de leilões Sotheby's de Londres por 1,042 milhão de libras (1,4 milhão de dólares).

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Banksy explicou como havia integrado um mecanismo na espessa moldura dourada que permitiu rasgar a obra "Girl with Balloon", uma reproduçao em acrílico e aerossol de uma de suas pinturas mais conhecidas.

Mas, após o evento, uma dúvida continuava pairando: Por que deslizou somente metade da pintura? Isso queria dizer alguma coisa concreta que não foi entendida corretamente?

Em um vídeo publicado no Instagram esta semana, o artista reconheceu que a resposta era bem simples: a pintura ficou presa.

"Nos ensaios funcionou o tempo todo", escreveu em um vídeo de três minutos de duração no qual mostra as tentativas anteriores com outras reproduções, que terminam completamente trituradas.

Segundo Banksy, cuja identidade continua sendo um mistério, a casa de leilões não sabia que a obra iria se autodestruir.

"Tem gente que acredita que realmente não rasgou. Sim, fiz isso. Tem gente que acha que a casa de leilões estava sabendo. Não estava", escreveu o artista no Instagram.

Surpresa

A Sotheby's havia assegurado que o ocorrido a pegou de surpresa. 

Apesar de tudo, anunciou que a venda foi validada e a obra renomeada "Love is in the bin" ("O amor está no lixeira").

"Banksy não destruiu uma obra de arte durante o leilão, mas criou uma", afirmou em comunicado Alex Branczik, chefe do departamento de arte contemporânea da Europa da Sotheby's.

A compradora, que segundo a Sotheby's é uma colecionadora europeia, disse ter ficado "sentida no início". "Mas pouco a pouco me dei conta de que iria possuir um pedaço da história da arte", explicou no comunicado.

Últimas notícias