CINEMA

Competição do Festival de Cannes 2016 começa com filmes difíceis

Novos longas de Alain Guiraudie e Christi Puiu não facilitaram a vida dos jornalistas

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 12/05/2016 às 10:16
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Novos longas de Alain Guiraudie e Christi Puiu não facilitaram a vida dos jornalistas - FOTO: Divulgação
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A Mostra Competitiva do 69º Festival de Cannes começou quente nesta quinta-feira (12-5). As duas primeiras sessões foram, no mínimo, desafios para os jornalistas. Oficialmente, o longa que abriu a corrida pela Palma de Ouro foi a produção francesa Rester Vertical (Staying Vertical, título internacional), de Alain Guiraudie, que há três anos fez o maior estardalhaço com Um Estranho no Lago, na Mostra Un Certain Regard.

Rester Vertical lembra muito pouco – com exceção das cenas sexos de sexo – seu filme anterior. Aqui, Guiraudie se mostra um discípulo do surrealismo. Ele acompanha um cineasta pelo interior da França durante o processo de escritura de um roteiro. O que não será nada fácil, já que ele vai cuidar, sozinho, de um bebê, de um rebanho de cabras e se envolver sexualmente com um idoso.  

Já o segundo longa-metragem, que teve exibição antecipada para a imprensa na noite de quarta-feira (11-5), foi o romeno Sieranevada, de Christi Puiu. Ele também foi revelado na Un Certain Regard, em 2005, com A Morte do Sr. Lazarescu.  O filme saiu premiado como o melhor da mostra e abriu caminho para o cinema romeno. Dois anos depois, a Palma de Ouro foi para 4 Meses, 3 Meses e 2 dias, de Christian Mungiu. Com três horas de duração, Sieranevada conta o reencontro conturbado de uma família de Bucareste, quarenta dias depois da morte do patriarca. A confusão é grande, com feridas abertas em relação ao passado comunista, teoria de conspiração, crises de ciúme homéricas e muito mais.

O repórter viajou numa parceria entre o JC, o Institut Français e a AESO – Barros Melo.

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