O cinema brasileiro não ganhou prêmios no Festival de Cannes 2011, mas isso não significou nenhuma derrota. Ao contrário, o pós-festival foi um dos melhores dos últimos anos. Em Paris, os filmes brasileiros ganharam vitrines de dar inveja a muita cinematografia emergente. Da Cinemateca Francesa aos cinemas de arte e ensaio do Quartier Latin, o cinema made in Brasil chama a atenção do público e da imprensa francesa.
Parte da festa foi pernambucana. Na última quarta-feira, a representação do festival Janela Internacional de Cinema, formada pela dupla Kleber Mendonça Filho e Emilie Lesclaux, mostrou um pequeno recorte do que foi exibido nas três primeiras edições do evento. O palco foi a aconchegante Sala Jean Epstein, localizada no subsolo da venerável Cinemateca Francesa, que fica em Bercy, na zona leste da capital francesa.
Entre os filmes pernambucanos, os franceses puderam assistir aos curtas Faço de mim o que quero, de Sergio Oliveira e Petrônio de Lorena; Ocidente, de Leo Sette; e o premiado Muro, de Tião.
Também na quarta-feira, o Espace Acattone (no Quartier Latin) foi o palco da pré-estreia de Sonhos roubados (em francês, Rêves volés). A diretora Sandra Werneck estava acompanhada das atrizes do filme, entre elas Nanda Costa, Amanda Diniz e a pernambucana Kika Farias.
* O repórter viajou a Cannes e Paris com apoio da Aliança Francesa
Leia matéria completa sobre a distribuição, exibição e seleção de filmes brasileiros na França na edição deste sábado (28/5) do Caderno C, no Jornal do Commercio.