Durante um programa de entrevista, em 2009, Siba foi perguntado sobre o que vislumbrava do futuro. Ele não tinha nada muito claro, fora a decisão de que o seu próximo disco seria um retorno, vinte anos depois, ao som elétrico das guitarras, ao som que ele mesmo fazia na adolescência.
Da resposta surgiram a inquietação e a curiosidade dos diretores Caio Jobim e Pablo Francischelli de mergulhar junto com o cantor neste processo profissional e pessoal. Três anos depois, o projeto ganhou as telas e virou um longa-metragem – o documentário Siba – no balé das tormentas – um dos filmes que integra a programação da mostra itinerante de videoclipes e documentários musicais Conexão Vivo Movida, que chega ao Recife nesta quarta-feira (11). É a primeira vez, inclusive, que o filme é exibido na cidade.
O longa é uma poética costura de memórias, palavras e sons que construíram não só um disco, como também representam a trajetória de vida do compositor. O documentário revela Siba como narrador de sua própria história. O momento em que abriu as portas do seu estúdio para uma equipe de cinema foi só um dos pontos de um enredo profundo, que sintetiza o caminho do músico, da sua adolescência roqueira à maturidade artística, combinando universos distantes, como a poesia da Zona da Mata e a sonoridade rude da guitarra.
Todo o trabalho é erguido a partir de cinco entrevistas feitas em momentos e lugares diferentes. Entre elas, estão cenas de Siba numa sambada de maracatu rural, em Nazaré da Mata; em conversas com o produtor do disco, Fernando Catatau; e em uma visita à fazenda do seu avô, em Lajedo, Agreste de Pernambuco, onde passou parte da infância. O filme deve ser lançado em DVD até o final deste ano.
Veja abaixo o curta metragem feito a partir do filme Siba – no balé das tormentas.
Leia a matéria completa no Caderno C desta quarta-feira (11).