CRÍTICA

O mundo de conto de fadas de Katy Perry em 3D

Documentário sobre a cantora americana estreia nos cinemas

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 03/08/2012 às 6:00
Paramount Pictures/Divulgação
Documentário sobre a cantora americana estreia nos cinemas - FOTO: Paramount Pictures/Divulgação
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Até os anos 1980, os filmes-concerto eram mais centrados na performance de músicos em cima de um palco do que necessariamente sobre a vida deles. São dessa época os já clássicos Rock é rock é mesmo (1976) e AC/DC – Deixa o rock rolar (1980).

Com a consolidação da sociedade do espetáculo, a partir da década seguinte, o foco mudou para a vida pessoal das estrelas, tendo como exemplo máximo o documentário Na cama com Madonna (1991), de Alek Keshishian. Katy Perry – Part of me 3D (2012), de Dan Cutforth e Jane Lipsitz, também segue esta vertente.



De maneira didática – afinal, seus fãs são adolescentes –, o filme segue a vida de Katy Perry cronologicamente – da infância até a realização da turnê Califórnia dreams tour, que correu o mundo no ano passado. Na infância, a ênfase recai na educação rígida dos pais, dois pastores de uma igreja pentecostal. Imagens de arquivo mostram Katy cantando nos cultos.

No começo da vida adulta, vemos sua luta para dar certo como cantora ao se mudar para Los Angeles, onde só depois de várias tentativas conseguiu mostrar que tinha personalidade e que não iria se contenta em ser um mero clone de Avril Lavigne.

Todo esse preâmbulo, bem distribuído durante o filme, aos poucos se funde com os aspectos mais íntimos de sua vida, principalmente a relação amorosa com o comediante Russel Brand, que comunicou um pedido de divórcio por telefone depois de um casamento de pouco mais de uma ano. As cenas de um concerto em São Paulo, onde os fãs gritam “Katy, eu te amo”, são trabalhadas como o momento mais apoteótico de Katy Perry – Part of me 3D.

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